A Redmi, subsidiária da Xiaomi especializada em celulares mais em conta, anunciou seus planos para produzir um mini-smartphone. Mas pode ser difícil. Engenheiros estão um tanto céticos do projeto.
Os celulares considerados “mini”, hoje, como o Google Pixel 5 ou o iPhone 12 mini, dificilmente seriam “mini” para os padrões do passado. O Pixel mede 144,7 x 70,4 x 8mm e o Mini, 131,5 x 64,2 x 7.4 mm. 8 anos atrás, o Motorola Defy Mini media 109 x 58,5 x 12,6 mm. E, mesmo sendo mais grosso, pesava 107 g., contra 151 g do Pixel e 135 g do iPhone 12 Mini.
Desafios tecnológicos
O problema aqui não é algo como a rejeição do consumidor. Ainda que a tendência do mercado, já alguns há muitos anos, é que uma tela maior significa em geral um preço maior. E o próprio iPhone 12 Mini é um exemplo. Mas não é difícil imaginar algumas áreas em que um mini-smartphone seja útil.
Tampouco o problema é o avanço da tecnologia. Ou não diretamente. Falamos da bateria. Ainda que a tecnologia de bateria tenha avançado muito desde 2012, também foi o consumo de energia dos novos e mais potentes processadores – e, em breve, a tecnologia 5G. O iPhone 12 perdeu alguns pontos em resenhas por causa da menor duração da bateria.
E o quanto uma bateria pode comportar de carga continua a ser uma função do tamanho. Então um mini-smartphone é difícil hoje. A Redmi, se quiser um celular realmente nanico, tem então duas opções. Uma, pode otimizar em muito os aplicativos. O Pixel 4a tinha uma boa performance apesar de uma bateria menos que ideal, com 3.140 mAh (compare com 4.080 mAh do Pixel 5), com isso. Ou a Xiaomi dá a volta em outra tendência do design e faz um celular mais grosso, ganhando em volume o que perde em área.
Via Android Authority.