No começo do ano, o Twitter foi acusado de ter uma inteligência artificial “racista”. A miniatura de imagens nos tweets priorizava pessoas brancas, enquanto negras geralmente apareciam com fora do corte. Pelo problema de algoritmo, a plataforma ampliou o tamanho das fotos na linha do tempo.
Outro passo dado pelo Twitter para reduzir ou acabar com o enviesamento do algoritmo foi o lançamento de um programa de recompensas. Usuários e pesquisadores que apontem outros comportamentos problemáticos da IA da plataforma podem receber recompensas em dinheiro. E um levantamento acaba de ser qualificado para o prêmio.
Ele é do pesquisador suíço Bogdan Kulynych. A pesquisa comprovou que, além de atribuir notas — por um sistema interno do algoritmo — maiores a pessoas brancas durante o corte de imagens, o Twitter também prioriza pessoas mais magras e mais jovens. Imagens das mesmas pessoas foram modificadas através de um software para que elas ganhassem mais peso, ou o perdessem. Ou então ficassem mais jovens — ou mais velhas. O resultado mostrou que a IA da plataforma tem, sim, suas preferências.
Twitter deve corrigir comportamento
Por isto, o pesquisador foi recompensado no programa. Em um comentário, o Twitter destacou que esta descoberta sobre o algoritmo é essencial. Isto porque redes sociais já estão alterando o que é entendido como padrão de beleza, levando pessoas até a intervenções estéticas. Aplicativos com filtros que deformam a aparência original também são uma tendência nociva.
A pesquisa completa do suíço pode ser conferida no repositório dele, no Github. Com estas informações e este posicionamento, o Twitter deverá adotar medidas para corrigir o comportamento do algoritmo. Vale lembrar que além de ampliar a área de visualização de fotos na linha do tempo, tornou-se possível fazer o upload de imagens em altíssima definição.
Via CNET