O Facebook aparentemente está permitindo a utilização da plataforma para monetizar serviço religioso. Pastores e padres podem cobrar por cultos, missas e outro serviços. A reportagem do The New York Times conversou com alguns líderes religiosos nos Estados Unidos e confirmou alguns pontos envolvendo a inusitada parceria.
De acordo com a publicação, duas novas ferramentas foram disponibilizadas aos responsáveis pela Igreja de Deus na Igreja de Cristo. A primeira permitia doações dos fiéis enquanto eles assistiam ao culto, enquanto a segunda era uma espécie de assinatura on demand, que forneceria acesso a conteúdos exclusivos, como mensagens personalizadas dos bispos. Para ter acesso a eles, o fiel teria que pagar US$ 9,99 (R$ 52, na conversão).
Sheryl Sandberg, diretora de operações da empresa de Mark Zuckerberg, tem atuado de forma decisiva na parceria do Facebook com os religiosos interessados em monetizar serviços. Na semana passada, a executiva realizou uma cúpula virtual com os líderes de igrejas nos Estados Unidos justamente para discutir novos produtos. “Organizações religiosas e mídia social são um ajuste natural porque fundamentalmente ambas são sobre conexão”, justificou.
Segundo a executiva, o Facebook quer mais, e sonha incorporar, em um futuro próximo, cultos religiosos de forma virtual na plataforma, possivelmente como uma nova forma de monetizar esses e outros serviços oferecidos pelas Igrejas. “Nossa esperança é que um dia as pessoas hospedem serviços religiosos também em espaços de realidade virtual, ou usem a realidade aumentada como uma ferramenta educacional para ensinar a seus filhos a história de sua fé”.
Ore por mim
Os novos meios que agora permitem a um grupo de religiosos monetizar serviços não são as únicas investidas do Facebook no segmento. Recentemente, a plataforma iniciou testes de uma ferramenta chamada “Ore por mim”, também nos Estados Unidos, mas somente para alguns grupos.
Por meio dela, as pessoas podiam solicitar orações para parentes doentes, e contavam com o apoio virtual dos seguidores, que clicavam em um botão “eu orei” para ter os nomes listados abaixo. Os usuários podiam ainda escolher receber notificações para orar novamente em um determinado tempo, acionando um lembrete. Esse serviço, no entanto, a princípio não foi monetizado.
Via Business Insider
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