A Huawei foi freada por embargos dos EUA. Por um tempo, isso fez com que Apple recuperasse o segundo lugar no mercado global. Mas não durou: movida por vendas de celulares mais baratos, a Xiaomi acaba de ultrapassar a Apple no mercado de vendas globais de smartphones e se tornar a segunda, após a megacorp Samsung. E está bem orgulhosa disso.
Os dados foram divulgados pelo instituto de pesquisa em tecnologia Canalys, que revelou estatísticas referentes ao segundo trimestre do ano. A Xiaomi foi rápida em anunciar nas redes sociais.
Sabem onde o X vem antes do A? No mercado de smartphones! Aqui quem fala é ela, a SEGUNDA maior marca de smartphones do mundo! Tá passada?!
Vem de RT com ✌️ pra fortalecer! pic.twitter.com/qDyWkoSCMO
— Xiaomi Brasil (@XiaomiBrasil) July 15, 2021
O crescimento da Xiaomi no último ano foi de estrondosos 83%, e com isso ela alcançou 17% do market share global. Isso é 3 pontos percentuais a mais do que a Apple possui — e apenas 2 menos do que a Samsung, líder de mercado, detém. Enquanto no cenário internacional muitos países vão permitindo o retorno a alguma normalidade, o levantamento observou que a retomada econômica trouxe crescimento de 12% em vendas.
Chama a atenção o baixo avanço da Apple nos últimos 12 meses: apenas 1%. A Samsung subiu de forma mais consistente — com 15%. As chinesas avançam a passos largos: Oppo cresceu 28%, e a Vivo 27%. Elas já se posicionam, juntas, na quarta posição.
Crescimento na América Latina
Outro dado interessante envolvendo o levantamento coloca a Xiaomi, de novo, em evidência: o relatório destaca o crescimento da marca em 150% em territórios africanos, 50% na Europa Ocidental, e 300% na América Latina.
Não há dados filtrados sobre o mercado brasileiro — para o qual a marca retornou em 2019, em parceria com a DL. A Apple não é tão potente por aqui, então é possível que a Xiaomi já a tivesse ultrapassado bem antes. Por dados não comparáveis da Stats Counter — pelas metodologias distintas utilizadas — projeta-se que a Xiaomi possa ter um market share de 10% nacionalmente — próxima dos 13,5% da Apple, mas bem longe dos 22% da Motorola, e dos 45% da Samsung.
Via Tech Crunch