As previsões sobre o aumento nas remessas globais de smartphones para os meses de abril, maio e junho de 2021 se concretizaram. Segundo a Canalys Consultoria, o 2º trimestre foi encerrado com uma alta de 12% no comparativo com o mesmo período do ano passado, que alcançou 285 milhões de unidades.
De acordo com os dados mais recentes, as projeções indicam que os embarques totalizarão 1,4 bilhão de unidades até dezembro de 2021, alta de 7% em relação a todo o ano passado. “A resiliência da indústria de smartphones é incrível”, comentou Ben Stanton, gerente de pesquisa da Canalys.
O relatório apontou que a Xiaomi fechou o período como a empresa que mais se destacou e contribuiu para o aumento nas remessas globais de smartphones no 2º trimestre. Como já mostramos anteriormente, a empresa chinesa superou a Apple no ranking e, agora, está atrás somente da Samsung entre as que mais vendem dispositivos.
“Seus embarques aumentaram mais de 300% na América Latina, 150% na África e 50% na Europa Ocidental. E à medida que cresce, evolui. A Xiaomi ainda está bastante voltada para o mercado de massa, mas, em comparação com a Samsung e a Apple, seu preço médio de venda é cerca de 40% e 75% mais barato, respectivamente”, pontuou Stenton.
5G é o novo normal
Uma das expressões mais usadas desde o início da pandemia da Covid-19, em março do ano passado, faz referência ao “novo normal”. O termo, criado para ilustrar a necessidade de se adaptar às novas normas de distanciamento social e higiene, foi extrapolada para o universo dos smartphones.
De acordo com Ben Stanton, o “novo normal” está implícito no aumento das remessas globais de smartphones projetados para funcionar na tecnologia 5G. “Há um forte impulso por trás dos aparelhos 5G, que responderam por 37% das remessas globais no primeiro trimestre, e devem representar 43% no ano inteiro”, projetou o especialista, na expectativa de ver 610 milhões de unidades dessa linha comercializadas.
Segundo a Canalys, o preço dos aparelhos 5G também se tornará mais competitivo. “Muitos acabarão sacrificando outros recursos, como tela ou alimentação, para acomodar 5G no dispositivo mais barato possível. Os canais tiveram que se transformar ou morrer durante a pandemia, e essa inovação forçada. É hora de adoção em massa”, concluiu.
Via Mobile World
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