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Especialistas se juntaram no Congresso de Mídias Sociais do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) para discutir o impacto das redes sociais no mundo atual. Divulgaram um relatório de 17 páginas sobre o que descobriram. Segundo o relatório, no ecossistema de redes sociais, o poder está concentrado nas mãos de um punhado de corporações da Big Tech, as plataformas são usadas para espalhar desinformação e fake news, e podem colocar em risco processos eleitorais e a democracia no geral, fora os problemas que elas apresentam na questão da privacidade dos usuários. Segundo um estudo do MIT citado, fake news se espalham “mais rápido, mais profundamente e mais amplamente que a verdade” nas redes sociais, e desinformação tem 70% mais chances de ser retuitada que a informação correta.

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Tudo isso não deve soar surpresa. Mas o relatório do MIT sobre redes sociais também aponta algumas soluções para esses problemas.

Um jeito de lidar com isso é fazer uma grande ofensiva contra pessoas e instituições conhecidas por propagar fake news, propôs Clint Watts, pesquisador do Foreign Policy Institute. “Sabemos quem são essas pessoas, e a fiscalização precisa se focar nelas para ter impacto máximo”, escreveu Watts.

Paradoxo de transparência

Sinan Aral, professor do MIT Sloan, apontou que as redes sociais apresentam um “paradoxo de transparência”, e que tanto pesquisadores como o público em geral têm o direito de saber como seus dados são acessados e usados por essas plataformas. O relatório diz que transparência algorítmica, onde pesquisadores podem examinar o compartilhamento de informação de ponta a ponta sem dar acesso a informações pessoais, é fundamental para entender e impedir uso malicioso dos dados privados dos usuários.

Nick Clegg, vice-presidente de questões globais do Facebook, disse que supervisão independente é uma necessidade para regular as redes sociais. Mas Clegg também apontou que os países precisam trabalhar juntos para criar regras globalmente aceitas, seja nos EUA, União Europeia ou Índia.

Por fim, o relatório do MIT apontou como as redes sociais vendem a atenção dos usuários, e seus algoritmos tendem a destacar o conteúdo mais popular e lucrativo para manter essa atenção das pessoas. O problema é que esse conteúdo popular muitas vezes promove racismo, preconceito, desinformação e polarização. Para Renée Richardson Gosline, pesquisadora cientista do MIT Sloan, para abordar essa questão as redes sociais precisam trabalhar em seus sistemas sem fricção que permitem que os usuários compartilhem facilmente fake news e discurso de ódio.

Via Gadgets 360º

Imagem: Magnus Mueller/Pexels/CC