Enquanto muitas operadoras tentam vender um 5G que não existe, outras buscam ampliar a difusão do 4G, que é o que realmente (ainda) importa em termos de conectividade no Brasil. Vivo e Tim, por exemplo, se aliaram para ampliação da cobertura em pequenas regiões. E agora a Tim também está investindo em energia solar para chegar a distritos de difícil acesso.
A iniciativa se apoiará na instalação de painéis solares que acumularão energia para bateria de lítio. A operadora diz que essa combinação se traduzirá em alta vida útil das novas antenas. E que com isso conseguirá chegar a distritos, vilas, estradas e outros locais que hoje não contam com a presença da cobertura de nenhuma grande empresa de telecomunicação.
O primeiro local a receber uma planta de energia sustentável é Presidente Bernardes, em São Paulo, aonde a Tim se juntou à empresa de infraestrutura Highline para a viabilização do projeto. A antena da região fornecerá internet 4G para parte da Rodovia Castelo Branco (BR 374). A planta de General Salgado atenderá à rodovia BR 463.
Nosso objetivo é levar conectividade a qualquer lugar do Brasil com o uso de diferentes tecnologias, para cobrir 100% do país com a nossa rede 4G até 2023. Temos um modelo de negócio escalável baseado em sites autossuficientes e sustentáveis, ideais para localidades onde a energia comercial é precária. Ajudamos ainda a aprimorar o potencial de negócios como resorts e atrações turísticas e incluir digitalmente distritos e vilas.” — Leonardo Capdeville, CTIO da Tim Brasil.
Pegada verde tem adoção de grandes empresas tecnológicas
O projeto de energia solar da Tim será expandido para pelo menos outras 13 regiões, e une o útil ao agradável: consegue combinar a ampliação da cobertura da operadora com decisões sustentáveis. É o mesmo caminho seguido pela Apple, que já há alguns anos abastece sua maior instalação — o Apple Park — com energia solar, biocombustível e outras fontes alternativas.
A Samsung recentemente também anunciou que, nos Estados Unidos, China e Europa, já zerou a emissão de gás carbono na atmosfera ao trabalhar com energia sustentável em todas suas instalações. Outro movimento em torno de negócios mais “verdes”, este mais suspeito, envolve o fim dos carregadores gratuitos nas caixas. As marcas juram ser uma decisão em prol ao meio-ambiente. Mas como é possível perceber, existem outros caminhos que não afetam diretamente o consumidor.
Imagem: William Carvalho/Pexels