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Condenado a 2 anos e meio de prisão por suborno e desvio de dinheiro, o herdeiro, vice-presidente e líder na prática da Samsung foi preso na Coreia do Sul há um mês. Lee Jae-yong havia sido solto em 2018 após cumprir um ano de cadeia em meio ao escândalo de corrupção que envolveu a ex-presidente do país, Park Geun-hye. Assim que cumprir o restante de sua pena, conforme uma lei do país determina, Lee não deverá assumir qualquer ocupação na empresa coreana.

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Conforme a legislação da Coreia do Sul, há uma proibição que afeta diretamente casos como o (até agora) do vice-presidente da Samsung, impedindo que ele seja empregado pelo conglomerado durante cinco anos após cumprimento de pena. Esse agravamento na lei ocorre para crimes econômicos específicos, onde há o envolvimento de quantias de mais de 500 milhões de wons sul-coreanos em ganhos ilegais (cerca de R$ 2,4 milhões em valores convertidos).

Lee foi condenado no mês passado por fornecer 8,68 bilhões de wons sul-coreanos em subornos (ou R$ 41,8 milhões em nossa moeda), o que extrapola bastante o valor limite da lei. Para complicar um pouco a situação, os promotores podem recorrer da sentença nesse meio tempo, já que o pedido feito pela acusação foi de nove anos de prisão para o herdeiro da Samsung.

Entenda o caso

Em 2017, Lee havia sido condenado a cinco anos de prisão pelo envolvimento com a ex-presidente coreana visando alguns benefícios políticos. O, na época, presidente da Samsung foi acusado de oferecer suborno em forma de dinheiro e cavalos para Choi Soon-sil, uma amiga pessoal e espécie de guru de Park Geun-hye.

Park sofreu impeachment em 2017 e, no mês passado, foi condenada a 20 anos de prisão por corrupção e abuso de poder. Choi também foi condenada em 2017 a cumprir três anos de prisão por obstrução de justiça e pelo suborno de professores para a admissão de sua filha em uma universidade.

A condenação de cinco anos de prisão foi diminuída para dois anos e meio após a defesa de Lee Jae-yong recorrer na justiça coreana. Em 2018, Lee foi colocado em liberdade por um juiz que entendeu o papel do ex-presidente como passivo no escândalo e, assim que saiu da cadeia, o vice-presidente voltou às suas funções na empresa.

Novamente preso, o herdeiro da Samsung deverá permanecer nas grades até junho de 2022, por já ter cumprido o primeiro ano dos dois e meio com os quais foi condenado. Agora, diante da atual situação, a defesa do herdeiro da Samsung parece disposta a não recorrer da decisão da justiça. Além disso, a proibição de atuar pela empresa durante cinco anos após sua saída da cadeia, ao que tudo indica, não afetará o funcionamento da liderança da Samsung.

Lee Jae-yong possui um título considerado apenas simbólico, não sendo diretamente empregado pelo conglomerado. Lee também havia renunciado ao conselho de administração da empresa em 2019, trabalhando sem salário desde então. De qualquer forma, a restrição só pode ser suspensa após a aprovação do ministro da justiça da Coreia do Sul, e isso também se Lee solicitar.

Via SamMobile

Imagem: Samsung Newsroom / flickr / CC / BY-NC-SA 2.0