A partir da próxima semana, o Twitter anunciou que vai passar a identificar os perfis dos chefes de estado. Segundo a empresa revelou nesta quinta, 11, a identificação tem como objetivo fazer com que os usuários “tenham uma experiência mais informativa no Twitter”.
To continue to help you identify governmental officials and institutions on Twitter, we’re expanding our policy to label these accounts in more countries.
Next week, you’ll start to see new profile labels on government accounts in 16 other countries.https://t.co/RNyrznKQuL pic.twitter.com/poK4vIa5xZ
— Twitter Support (@TwitterSupport) February 11, 2021
A afirmação vem de encontro com o que a empresa havia dito anteriormente, que não identificaria as contas pessoais dos chefes de estado, uma vez que tais perfis já possuem “reconhecimento de nome, atenção da mídia e conscientização pública”.
A identificação é dada em outra camada, além do reconhecimento oficial da conta. Para a identificação ficar mais clara, o Twitter vai colocar uma espécie de selo nos perfis afiliados ao estado. Isso deve acontecer nos próximos meses. A empresa também revelou que parou de divulgar tweets de contas relacionadas a governos, alegando que “o governo exerce controle sobre o conteúdo editorial por meio de recursos financeiros, pressões políticas diretas ou indiretas e/ ou controle sobre a produção e distribuição”. Portanto, não estão incluídos veículos de notícias que recebem financiamento do governo, mas que têm independência editorial.
Em agosto do ano passado, o Twitter começou a aplicar selos às contas de chefes de estado para que os usuários pudessem identificá-los de maneira mais clara. Tudo começou com funcionários do governo da China, França, Rússia, Reino Unido e EUA. Depois, a partir do dia 17 de fevereiro, serão identificados funcionários dos seguintes países: Canadá, Cuba, Equador, Egito, Alemanha, Honduras, Indonésia, Irã, Itália, Japão, Arábia Saudita, Sérvia, Espanha, Tailândia , Turquia e Emirados Árabes Unidos.
Diante disso, o Twitter se recusou a comentar se vai aplicar proteções adicionais de segurança às contas pessoais de chefes de estado, mas essas proteções aparentemente, existem. Em julho do ano passado, as contas de dezenas de empresas e indivíduos de alto escalão foram comprometidas durante uma violação massiva que era parte de um esquema de promoção de bitcoin, mas a conta do então presidente Trump não foi afetada. Foi assim que foi descoberto que a conta de Trump, banido permanentemente do Twitter em janeiro por incitar o ataque mortal ao Capitólio, desfrutava de proteções adicionais após “incidentes anteriores”.
Via: Twitter