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O mês de fevereiro é dedicado à História Negra nos Estados Unidos. E, justamente neste mês, dois engenheiros seniores do Google pediram demissão citando o tratamento dado a duas profissionais negras como justificativa para a saída.

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Os engenheiros David Baker e Vinesh Kannan disseram por meio de carta, acessada pela agência de notícia Reuters, que seus pedidos de demissão estão relacionados às demissões da especialista de ética de AI, Timnit Gebru, e da recrutadora de diversidade April Christina Curley recentemente pelo Google.

Ambas as profissionais, que se identificam como negras, disseram que foram cortadas do Google por conta de disputas sobre trabalhos ou com gerentes.

Para explicar seu pedido de demissão a sua equipe, Baker, que permaneceu 16 anos no Google, diz que “não podemos dizer que acreditamos na diversidade e, então, ignorar a ausência de muitas vozes dentro de nossas paredes”, afirmando que as saídas das duas profissionais fizeram com que perdesse a vontade de continuar como engenheiro na empresa.

Já Kannen usou seu perfil no Twitter para dizer que os maus tratos do Google às colegas ultrapassaram o limite pessoal.

Profissionais insatisfeitos

Os colaboradores do Google não andam satisfeitos e não é de hoje. Prova disso foi a formação de um sindicato, em janeiro, com cerca de 800 profissionais. Em todo o mundo, o Google emprega, diretamente, cerca de 132.121 profissionais, segundo informa seus relatórios trimestrais que são abertos a público. Recentemente, o Google (ou melhor, a Alphabet) ganhou seu primeiro sindicato.

O que diz o CEO

O Google não se manifestou diretamente sobre a demissão dos dois engenheiros, mas contesta as alegações das profissionais negras. Vale lembrar que, em junho do ano passado, quando começaram  os protestos Black Live Matters, o CEO do Google Sundar Pichai divulgou um comunicado no qual a empresa se comprometia em construir um patrimônio sustentável para a comunidade negra, tornando os produtos e programas da empresa úteis para os negros.

Pichai afirmou que a empresa tem por objetivo aumentar a representação da liderança de grupos sub-representados em 30% até 2025, além de investir em programas de estudo e capacitação para as comunidades mais carentes.

Via Business Insider, Reuters e Google

Foto Brightstars / iStockPhotos