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Parece que (infelizmente) lançar smartphones sem carregadores está virando “tendência” entre as grandes empresas do mercado. Recentemente, a Xiaomi lançou a linha Mi 11 sem carregador (embora o usuário possa pedir pelo acessório na hora da compra). Antes dela foi a Apple com o iPhone 12, seguida pela Samsung que vai adotar a mesma atitude com o Galaxy S21. Muitos acreditam que a Xiaomi copiou a Apple, mas o CEO da empresa, Lei Jun, garante que esse não é o caso.

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Xiaomi sem carregador

Assim como a Samsung, a Xiaomi foi uma das empresas que, à época, criticaram a Apple pela remoção no carregador. Mas agora, parece que “o feitiço, virou contra o feiticeiro”. Em uma transmissão ao vivo nesta terça (05/01) o CEO da Xiaomi, anunciou que a empresa não teria copiado a Apple. De acordo com o executivo, o plano para remover o carregador da caixa de seus smartphones teria sido sugerido por ele há cinco anos atrás.

Em junho de 2015, ele diz ter feito uma publicação na rede social chinesa Weibo falando sobre a remoção do carregador, com objetivo de preservar o meio ambiente (mesma justificativa usada pela Apple em 2020).

 

A decisão por remover o carregador se fortaleceu, segundo o CEO, porque quando a empresa se mudou em 2020 para o Parque de Pequim, várias caixas de carregadores foram descartadas. Depois disso a ideia foi finalmente implementada. Mas fato é que ainda fica uma “pulga atrás da orelha” afinal o próprio Lei Jun, parece estar renegando o conteúdo de um outro post publicado por ele em dezembro (26) em seu perfil na mesma rede social chinesa.

No post ele retomava a questão do respeito à proteção ambiental  e anunciava que o Xiaomi  Mi 11 seria lançado sem o carregador. Destacava ainda que muitas pessoas têm carregadores ociosos, mas que a empresa estava ciente que a decisão poderia não ser compreendida e gerar reclamações.

Polêmicas

E o debate sobre a exclusão do carregador ainda é um assunto “quente” entre os usuários do Mi 11. Logo abaixo da postagem do CEO da Xiaomi, há vários comentários. Em um deles um usuário sugere: “Tudo bem se você não enviar o carregador, mas e o preço? Deduza o dinheiro do carregador”. Em outro comentário, o tom foi mais debochado: “o Xiaomi Mi 11 é tão incrível que pode ser usado sem carregar”.

Há quem também concorde com a atitude da empresa: “agora que os recursos de carbono da Terra estão diminuindo cada vez mais, é possível proteger o meio ambiente. Não enviar um carregador é a tendência do futuro, sempre deve haver um bom começo”. Já outros acreditam que a empresa decidiu excluir o carregador da caixa porque muitos usuários compram um adaptador mais rápido ou possuem um antigo que é suficiente para carregar o novo aparelho.

Só as vendas da “Green Edition” foram afetadas

Fato é que as vendas do Mi 11 começaram em 1º de janeiro na China, mas não parecem ter sido impactadas pela decisão, pelo motivo simples do consumidor ter a opção de comprar com o carregador, como citamos no começo do texto. Não se sabe por quanto tempo, mas a Xiaomi está disponibilizando aos usuários chineses o carregador como opcional, sem custo extra.

Assim, por tempo limitado, o usuário pode escolher entre a “Green Edition” sem o carregador, ou uma versão completa com carregador GaN de 55W, que promete entregar 100% da carga do Mi 11 em pouco mais de 30 minutos. O carregador é entregue em uma caixa separada.

De acordo com dados de vendas divulgados pela própria Xiaomi, já foram vendidos 350 mil unidades do Mi 11, mas somente  6%, ou cerca de 22 mil usuários, escolheram a “Green Edition”, ou seja, sem o carregador. Agora é esperar para ver se os próximos compradores aumentarão sua consciência ecológica.

Pelo menos até o momento, não há previsão de lançamento no Brasil ou em outros países.

Via MySmartPrice