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A Apple anunciou que suspendeu, a princípio temporariamente, os negócios com a segunda maior montadora de seu principal produto, o iPhone, por violações trabalhistas.

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O Financial Times, responsável pela investigação, publicou uma reportagem informando que a empresa Pegatron estaria obrigando centenas de estagiários a realizar hora extra para montar iPhones, burlando a lei em vigor na China.

A estratégia da Pegatron para “enganar” a Apple estaria na falsificação dos documentos dos trabalhadores, que teriam sido registrados como empregados normais, e não como estagiários, que respondem à uma diferente legislação.

Um ex-funcionário da montadora denunciada por violações trabalhistas afirmou, sob a condição de anonimato, que a Pegatron “não é diferente de outras fábricas” parceiras da Apple.

Segundo ele, expedientes como esse que foi desmascarado “colocam os funcionários para trabalhar 12 horas por dia, normalmente às vésperas de lançamentos de novos produtos”.

A reportagem informou que, além da montagem do iPhone 12, mais recente produto da Apple, os funcionários da fábrica também eram responsáveis por outros produtos top de linha, como Macs e iPads.

Assim que tomou conhecimento da denúncia, a Apple enviou um comunicado oficial, informando que “suspendeu a Pegatron e que não fará qualquer novo negócio com a empresa até que as ações corretivas sejam efetuadas”.

De acordo com a empresa, o processo de aprovação para estagiários é rigoroso e “proíbe horas extras ou trabalhos noturnos”. A Apple afirmou que a Pegatron “falsificou a papelada para disfarçar violações ao código”.

Parceira da Apple se posiciona sobre violações trabalhistas

Em comunicado oficial enviado à imprensa, a Pegatron, parceira suspensa temporariamente pela Apple, negou ter cometido violações trabalhistas de forma intencional.

De acordo com a empresa, cuja sede principal é em Taiwan, mas que mantém fábricas ativas na China, assim que foi informada, as providências foram tomadas.

Segundo a diretoria da Pegatron, a empresa “retirou imediatamente os estagiários da linha de produção” assim que tomou conhecimento da atividade irregular, e “está tomando providências para que eles recebam compensação adequada e suporte necessário”.

Apple enfrentou problema semelhante no ano passado

Acusações sobre violações trabalhistas não são novidade para a Apple. Em 2019, às vésperas de lançar um novo modelo de iPhone (coincidência?), a empresa, junto com a Foxconn, reconheceu acusação do órgão regulatório da China.

À época, tanto a Apple quanto a Foxconn contrataram funcionários temporários em excesso para linhas de montagem. A lei estabelece que o máximo de empregados nessa situação pode ser de 10%, e a Apple estava com 50%.

Via: Financial Times