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Condenado a cinco anos de prisão em agosto de 2017, o herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong, tem chances de receber perdão presidencial ou liberdade condicional no mês que vem. A potencial anistia também deve acontecer para a ex-presidente coreana, Park Geun-hye, que está presa por casos de corrupção.

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A condenação de Lee se deu por ter subornado Park para obter apoio do governo quando estava para ocupar o cargo de presidente da Samsung. O empresário cumpriu um ano de cadeia e foi solto por ação dos advogados da empresa. Este ano, uma nova sentença do Superior Tribunal de Justiça da Coreia do Sul reconduziu Lee à prisão para pagar mais dois anos e meio pelos crimes de suborno e desvio de dinheiro.

Em abril, empresários filiados à Federação de Empresas da Coreia do Sul (FEK) assinaram uma petição pedindo pelo perdão ao herdeiro da Samsung e, consequentemente, pela liberação do empresário da cadeia. No documento, o bilionário é tratado como um líder importante para a indústria local.

Já a ex-presidente do país foi condenada a 22 anos de prisão em 2017, depois de sofrer um impeachment naquele ano por acusações de corrupção de longo alcance e um escândalo de tráfico de influência. Park foi hospitalizada há poucos dias em um hospital comercial não correcional no sul de Seul para tratar de várias doenças crônicas. Sua hospitalização, a segunda este ano, poderia ser levada em consideração pelo atual presidente, Moon Jae-in, quando for deliberar sobre o perdão ou não de sua predecessora.

Dia da Libertação

As especulações estão sendo amplamente divulgadas com o Dia da Libertação de 15 de agosto, um aniversário em que os presidentes da Coreia do Sul muitas vezes usaram seu direito ao perdão especial como parte dos esforços para promover a unidade nacional. A situação de agora tem um tom especial por ser a poucos meses das eleições presidenciais coreanas, que ocorrerão em março de 2022.

Além de estar em linha com o pedido dos empresários, o meio político da Coreia do Sul vê grandes chances para que Lee e Park sejam beneficiados com o perdão e saiam da cadeia. O mandato de Moon está se aproximando do fim e o cenário político-partidário para ele vem piorando, especialmente após a derrota esmagadora do Partido Democrata (ao qual pertence) nas eleições parciais de abril. As impressões são de que Moon poderia usar o perdão como uma chance de ajudar a superar o delicado clima político existente hoje.

Há rumores de que o herdeiro da Samsung foi incluído em uma lista do Ministério da Justiça de presos sujeitos a análises preliminares para liberdade condicional. De acordo com os regulamentos do ministério, os presos que cumpriram mais de 60 por cento de suas sentenças podem ser elegíveis para revisão de liberdade condicional. Espera-se que Lee complete esse tempo de sua pena total de prisão até o final deste mês de julho.

Moon também poderia oferecer a Lee perdão e libertação das restrições de emprego que vêm junto com a liberdade condicional, permitindo ao herdeiro da Samsung dirigir a gestão da empresa. Segundo os analistas, essa possibilidade de perdão total levaria em consideração a prioridade da administração em buscar o crescimento econômico na era pós-pandemia.

Liderança em tempos de escassez

Os grupos de lobby de negócios da Coréia do Sul também pediram perdão do herdeiro da Samsung à Casa Azul (o escritório executivo e residência oficial do chefe de Estado e de governo coreano). Foram levantadas preocupações sobre a ausência de liderança na maior fabricante de chips de memória do mundo, enquanto seus rivais estão aumentando os investimentos para lidar com a escassez global de chips. No mês passado, o deputado Song Young-gil, presidente do partido no poder, também sugeriu a necessidade de liberar Lee, afirmando que a Samsung precisa do líder do conglomerado no cargo, e não na prisão, para que os investimentos sejam feitos.

O tema do perdão para Lee continua sendo uma questão polêmica, já que o Grupo Samsung é considerado uma fonte de orgulho nacional entre os sul-coreanos. Uma pesquisa pública em maio mostrou que 64 por cento do público apoiava a ideia de conceder perdão a Lee. Entretanto, em junho, cerca de 130 grupos cívicos pediram a suspensão de todas as discussões sobre o perdão ou liberdade condicional de Lee, dizendo que isso iria minar a democracia e o estado de direito na Coreia do Sul.

Via The Korea Herald