A Balmuda, uma conhecida fabricante de torradeiras de última geração no Japão, anunciou que está iniciando seus passos no mercado de celulares 5G. Baseando-se em sua experiência no ramo de eletrodomésticos, a empresa almeja oferecer smartphones Android diferenciados, com designs criativos, para poder se destacar.

Seu carro-chefe é uma torradeira que parece forninho, mas não é. É um sistema complexo de vapor para torrar o pão por fora e manter úmido por dentro.

Os projetos e desenvolvimentos dos celulares serão realizados pela Balmuda, com a produção ficando a cargo da conterrânea parceira Kyocera Corporation. Os planos são para que já em novembro deste ano sejam lançados os primeiros aparelhos no mercado japonês. Os telefones Android prontos para 5G estarão disponíveis exclusivamente através da operadora sem fio SoftBank Corp., sediada em Tóquio, e também serão lançados modelos em versão desbloqueada.

Gen Terao, CEO da Balmuda, afirma que os celulares parecem iguais nos dias de hoje, o que oferece uma oportunidade para sua empresa se tornar a número um em termos de exclusividade, ao invés de participação de mercado. O negócio de smartphones da empresa está projetado para gerar cerca de 2,7 bilhões de ienes em vendas ainda este ano, o que seria algo um pouco acima de R$ 131 milhões, em valores convertidos. Não há detalhes sobre o conceito e a faixa de preço em que serão comercializados os aparelhos da empresa. Entretanto, Terao informa que deverão ser criados aplicativos proprietários para os celulares, sob a oferta de “ótimos aparelhos de uso diário”.

Grandes lucros da Balmuda

Além de torradeiras, a Balmuda possui uma diversificada linha de produtos, como purificadores de ar, umidificadores, luzes, alto-falantes e panelas elétricas de arroz. Seus ventiladores portáteis e suas torradeiras com tecnologia a vapor são seus principais destaques de vendas.

A Balmuda viu a demanda pelos seus aparelhos de luxo aumentar muito por causa da pandemia. O lucro operacional de janeiro a março mais que quintuplicou no ano, alcançando 3,7 bilhões de ienes (quase R$ 180 milhões). Seus negócios também foram robustos na Coreia do Sul, terra da Samsung, uma das gigantes globais no mercado de smartphones.

Via PhoneArena e Nikkei Asia