Cientistas desenvolvem meio de carregar bateria de smartwatch com suor - Vida Celular

Vida Celular

Tudo sobre os melhores celulares

Nós do Vida Celular e nossos parceiros utilizamos cookies, localStorage e outras tecnologias semelhantes para personalizar conteúdo, anúncios, recursos de mídia social, análise de tráfego e melhorar sua experiência neste site, de acordo com nossos Termos de Uso e Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

Se o método descoberto e desenvolvido por cientistas japoneses decolar, quem gosta de usar o smartwatch para se exercitar não vai mais precisar se preocupar em carregar a bateria na tomada. Basta suar. É isso mesmo. Isao Shitanda, da Universidade de Ciência de Tóquio, lidera o time que realizou o estudo publicado recentemente no Journal of Power Sources.

publicidade

O método, desenvolvido em conjunto com o Dr. Seiya Tsujimura, da Universidade de Tsukuba, o Dr. Tsutomu Mikawa, da RIKEN, e o Dr. Hiroyuki Matsui, da Universidade Yamagata, criou uma matriz de células de biocombustível, que gera energia suficiente para acionar um biossensor e dispositivos de comunicação sem fio por um curto período. Ou seja: podem fazer o suor do corpo humano carregar a bateria de um wearable, como um smartwatch. Para isso, eles isolaram uma substância química específica presente no suor, o lactato.

Como funciona?

A matriz criada pelos cientistas japoneses é similar a uma bandagem de papel, que pode ser usada pela pessoa no braço ou no antebraço. Nela, estão distribuídas uniformemente uma série de células de biocombustível. E é aí que a “magia” acontece. As reações eletroquímicas entre o lactato e uma enzima presente nos eletrodos produzem uma corrente elétrica, que flui para um coletor de corrente geral feito de uma pasta de carbono condutora, gerando carga para carregar a bateria de um smartwatch por meio do suor.

“Em nossos experimentos, nossas células de biocombustível baseadas em papel poderiam gerar uma tensão de 3,66 V e uma potência de saída de 4,3 mW. Até onde sabemos, esse poder é significativamente maior do que o das células de biocombustível de lactato relatadas anteriormente”, comentou Isao Shitana, ao publicar seu estudo.

A prova de que o método funciona foi por meio de um biossensor de lactato autônomo construído pela equipe, que não só poderia se alimentar usando lactato e medir a concentração de lactato no suor, mas também comunicar os valores medidos em tempo real para um smartphone através de um dispositivo Bluetooth de baixa potência.

“Conseguimos conduzir um medidor de atividade disponível comercialmente por 1,5 horas usando uma gota de suor artificial e nossas células de biocombustível, e esperamos que eles sejam capazes de alimentar todos os tipos de dispositivos, como smartwatches e outros dispositivos portáteis comuns”, concluiu.

Via The Engineer

Imagem: Inga/iStock