Twitter se adequa a regras da Turquia, consideradas potencial censura - Vida Celular

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O Twitter vem enfrentando severas restrições governamentais em diversos países do mundo, após Rússia e Índia, a Turquia é mais uma a impor censura a rede social. A plataforma precisa ter um representante oficial no país e deve responder às solicitações para retirar conteúdo que viole a privacidade em 48 horas.

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A determinação é por conta da polêmica lei de internet adotada na Turquia, que obriga empresas de mídia social com mais de 1 milhão de usuários a armazenarem os dados de cidadãos turcos dentro do próprio país, além das regras de retirada de conteúdo.

Caso a rede social não cumpra o estabelecido, pode sofrer penais que vão desde multas, até suspensão de publicidade e, em casos extremos, a remoção da plataforma do país. Facebook, TikTok e o YouTube se adequaram a regra e estabeleceram entidades dentro do território turco. Agora, o Twitter deve seguir o mesmo caminho. As 4 plataformas foram multadas em 40 milhões de liras (algo na faixa de U$ 27 milhões) por não terem estabelecidos uma representação legal em 2020.

Acusação de censura

Entidades internacionais disseram para ao The Washington Post que consideram censura a medida do governo da Turquia contra o Twitter e outras redes sociais. De acordo com as organizações, o país não justifica que tipo de conteúdo vai pedir remoção e não há margem para as empresas de mídia social questionarem.

“Continuamos comprometidos em proteger as vozes e os dados das pessoas na Turquia que usam o Twitter. Continuaremos a ser transparentes sobre como lidamos com as solicitações do governo e da aplicação da lei”, disse o Twitter em um comunicado. Há alguns meses, a rede social já sofreu represálias do governo turco e teve anúncios banidos no país.

Já o governo da Turquia nega censura e diz que a medida visa garantir a segurança da população em plataformas como o Twitter. As autoridades afirmam que a Lei 5651 serve para combater a atividade criminosa na internet.

Essa situação complicada vem ocorrendo há alguns anos. Em 2016, as pessoas foram impedidas pelo governo turco de acessarem Dropbox, Google Drive, OneDrive e GitHub ao longo de um fim de semana inteiro. Como pano de fundo para essa atitude extremista, vazamento de dados que comprovariam que o governo de Erdogan estava se articulando com os principais veículos de mídia do país para garantir sua permanência no poder.

Via The Verge

Imagem Tumisu (Pixabay)