Startup cria sistema para evitar desperdício de vacinas da Covid-19 - Vida Celular

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Prioridade planetária nesta pandemia, as vacinas contra Covid-19 ganharam, em uma startup dos Estados Unidos, uma aliada para evitar que doses perto do vencimento sejam desperdiçadas. Chamada de Dr. B, a startup criou um sistema de alerta para ajudar a redistribuir as vacinas que já foram descongeladas e, portanto, precisam ser aplicadas dentro de 6 horas, ou serão jogadas no lixo.

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A startup nasceu das mãos de Cyrus Massoumi, fundador do ZocDoc, após ele perceber que entre 20 e 30% das vacinas estariam sendo desperdiçadas por falhas na distribuição ou abordagem aleatória nas listas de prioridades. “Esta vacina é agora o recurso mais escasso do planeta, e estávamos preocupados com o fato de que grande parte da vacina termina nessa confusão de última hora no final do dia”.

Para tentar resolver o problema, nasceu a Dr. B. A startup lançada em janeiro, funciona de forma simples: o usuário faz um cadastro básico no site, fornece outros detalhes relacionados à sua classificação de prioridade de vacinação, tais como sua ocupação, ou fatores de risco médico. A partir daí, caso um local parceiro do Dr. B tenha doses de vacinas sobrando, enviará uma mensagem de texto pela plataforma aos usuários próximos, com base em sua priorização. Eles, então, terão uma janela de tempo limitada (de até 2 horas) para reivindicar aquela dose e chegarem ao local e tomarem as vacinas excedentes localizadas pela Dr. B.

Meio milhão à espera

Atualmente, cerca da 500 mil americanos estão cadastrados na startup Dr. B à espera das vacinas contra a Covid-19. A plataforma reúne informações sobre doses excedentes das vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, que vêm sendo utilizadas pelo governo dos Estados Unidos para imunizar a população contra o novo coronavírus.

A startup deixa claro, no momento do cadastro dos usuários, que o sistema também segue a priorização, que varia de Estado para Estado. Em Nova York, por exemplo, o nível 1a reúne pessoas com 65 anos ou mais e comorbidades, enquanto o 1b engloba funcionários de serviços considerados essenciais. Em Little Rock (Arkansas) e Queens (Nova York), a startup já começou a distribuir as doses de vacinas com sucesso. Há outros 200 provedores em processo de preparação em mais de 30 estados.

Segundo Massoumi, não há nenhum plano para monetizar o sistema, e grande parte da hospedagem e outros serviços de back-end foram doados por empresas como Amazon, Twilio e outras. “Estamos apenas tentando acelerar isso (vacinação) o máximo possível, e temos que estar prontos. Não é só este país. O mundo inteiro não será vacinado até 2023. É um problema global, tanto a pandemia quanto o problema de agendamento, e o que estamos criando é uma solução global”, concluiu.

Via The Verge

Imagem: Gerd Altmann/Pixabay/CC