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O Tribunal de contas da União (TCU) respondeu a solicitação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia avaliar a arquitetura do TrateCov – app criado pelo Ministério da Saúde para auxiliar médicos e profissionais da saúde no diagnóstico de pacientes de Covid-19. A avaliação do TCU comprovou que o código-fonte da ferramenta incentiva o uso do chamado tratamento precoce para os pacientes identificados com o coronavírus.

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De acordo com o TCU, ao concluir “provável diagnóstico de Covid-19”, o app TrateCov recomenda a prescrição dos remédios Difosfato de Cloroquina, Hidroxicloroquina, Ivermectina, Azitromicina, Doxiciclina, Sulfato de Zinco e Dexametazona, os quais não possuem eficácia comprovada contra a Covid-19.

Código-fonte não foi violado

Além do tratamento precoce, o TCU também confirmou à CPI que o app do TrateCov não apresentou indícios de que o seu código-fonte possa ter sido violado. A constatação extingue as afirmações feitas pelo então Ministro da Saúde da época, General Pazuello, de que a aplicação teria sido invadida por hackers para incriminar o governo, adicionando essas recomendações anticientíficas. Isto é: o app foi lançado exatamente como foi denunciado.

Em nota, o TCU declarou: “não foram identificados indícios de que tenha havido violação do código-fonte do TrateCov, sendo que qualquer pessoa que tivesse conhecimento do link (URL) poderia acessá-lo (e copiá-lo), pelo menos, entre 7 e 22 de janeiro de 2021”, acrescentou o ministro-relator Vital do Rêgo.

Aplicativo recomendava doses fatais

O TrateCov foi um app desenvolvido com exclusividade para o SUS e não chegou a ser disponibilizado em lojas de aplicativos. Ele acabou sendo descoberto por jornalistas por uma falha de segurança do seu código-fonte que permitia a visualização completa da aplicação ao ativar a opção “inspecionar elementos” do navegador Chrome.

O código foi copiado e disponibilizado o GitHub para que a comunidade efetuasse testes na plataforma. Em alguns casos, médicos chegaram a simular prescrições de sintomas em crianças e até animais, constatando que não havia parâmetros de dosagem de acordo com o peso e idade dos pacientes. O resultado era sempre o mesmo: doses excessivas de tratamento precoce, podendo causar a morte do paciente.

Imagem: Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia/WikiMedia