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Lembra dos celulares pré-smartphones? Saiba que esses objetos do passado estão voltando à moda, pelo menos para um grupo seleto de pessoas. Jovens estão abandonando seus smartphones e trocando por modelos mais antigos e menos completos, mas também com menos distrações.

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O principal argumento é que os aparelhos modernos, que ficam conectados na internet, deixam o usuário o tempo todo nas redes sociais e em apps de mensagem, recebendo notificações o tempo todo. O que pode aumentar a ansiedade. Enquanto algumas pessoas desligam notificações ou apagam aplicativos, esse grupo decidiu por um caminho, digamos, mais radical.

Uma reportagem da Huck Magazine conversou com alguns jovens que estão abandonando seus smartphones para tentar entender o que significa essa atitude. “Eu estava ficando farto de tanto tempo que estava perdendo com ele, então, quando ele quebrou, não comprei um novo telefone por cerca de um mês. Nesse período, percebi uma grande melhora no meu humor e na liberdade de pensar”, disse Eden, de 22 anos.

De acordo com o relato, o jovem começou a ter dificuldades em se comunicar após ficar sem celular, então decidiu comprar outro. No entanto, na hora de escolher, abriu mão de um modelo mais moderno e optou um Nokia 130, que apesar de ter sido lançado em 2014, não possui funções de um smartphone. Além disso, Eden apagou a maioria de suas redes sociais, deixando apenas o Facebook, que ele diz usar no notebook para ler algumas páginas.

Jovens estão abandonando smartphones

Jade, de 23 anos, também optou por usar um modelo mais antigo de celular e trocou seu iPhone XR por um clássico Motorola V3. “Eu pensei em fazer a mudança por anos e – embaraçosamente – uma noite eu estava lendo um mangá dos anos 2000 à 1h da manhã, vi todos os personagens usando telefones flip e decidi comprar apenas um. Eu poderia resolver a logística mais tarde”, disse.

Esse movimento vem ganhando força nos últimos anos. Em 2018 as vendas de celulares convencionais (não smartphones) cresceram 5%, primeiro aumento em muitos anos. Além disso, a pandemia da Covid-19 aumentou o tempo em que os jovens passam diante das telas e, agora, pode acarretar em uma maior necessidade de desconexão após um excesso de tempo online.

“Como consequência da pandemia, muitos de nós passaremos mais tempo usando nossas redes sociais online. Nossas redes sociais online e smartphones se tornaram uma janela para o mundo em uma época de restrições significativas de nossas liberdades cotidianas”, diz a Dra. Daria Kuss, professora associada da Nottingham Trent University.

Um estudo realizado pelo grupo de pesquisa independe Hill Holliday, constatou que os jovens que estão abandonando os smartphones não estão sozinhos nessa. Cerca de 48% da chamada geração Z, nascidos a partir da segunda metade de década de 90, consideram as redes sociais como impulsionadores de ansiedade, depressão e tristeza. Já outros 58% estão justamente buscando alívio nessas plataformas digitais.

“Inicialmente, era para parar de perder tempo nas redes sociais, mas depois que meu telefone quebrou, percebi que estava afetando meu estado mental muito mais do que eu imaginava”, disse Eden. “Eu economizo muito dinheiro também. Meu telefone custa £ 12 (algo na faixa de R$ 70) no eBay e estou no pré-pago”, finaliza.

Via Huck Magazine

Imagem: trumzz (iStock)