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Sabe a velha teoria da conspiração, de pessoas acabarem com um chip dentro do corpo monitorando tudo, inclusive seus processos e sinais vitais? Então… Não é mais conspiração. É algo que talvez você queira ter um dia.

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Pesquisadores da Columbia Engineering, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, desenvolveram um chip minúsculo, do tamanho de um ácaro (os bichinhos minúsculos que habitam seu travesseiro). Basicamente invisível a olho nu, funcionando por conexão wireless, ele é injetável no corpo de seres vivos por meio de uma agulha hipodérmica.

E para quê? “Simples”: monitorar e mapear sinais biológicos, apoiar e aprimorar funções fisiológicas e, de quebra, para tratar doenças. “Queríamos ver até onde poderíamos ultrapassar os limites de quão pequeno um chip funcional poderíamos fazer”, explicou o líder do estudo sobre o menor sistema de chip único do mundo, Ken Shepard, professor de engenharia elétrica da Lau Family, e professor de engenharia biomédica. De acordo com Shepard, o chip deve ser revolucionário para o desenvolvimento de dispositivos médicos implantáveis miniaturizados sem fio, que pode ser usado em aplicações clínicas e, eventualmente, aprovado para uso humano.

Como funciona o chip?

A equipe liderada por Ken Shepard conta ainda com Elisa Konofagou, Robert e Margaret Hariri, professor de Engenharia Biomédica e professora de radiologia, bem como Stephen A. Lee, estudante de PhD no laboratório Konofagou, que ajudou nos estudos com animais. O design do chip que pretende monitorar os processos vitais de humanos futuramente é de autoria do estudante de doutorado Chen Shi.

Imagem mostra chip injetável desenvolvido por cientistas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos

Chen Shi/Columbia Engineering/Divulgação

O processo de funcionamento do chip é por meio de ultrassom, que alimenta e se comunica com o processador sem fio. Ele foi fabricado na TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), com modificações de processo adicionais realizadas na Columbia Nano Initiative e na instalação de nanofabricação do Centro de Pesquisa Avançada da Universidade da Cidade de Nova York.

“Introduzimos novos materiais no semicondutor de óxido de metal padrão para fornecer a ele uma nova função. Neste caso, adicionamos materiais piezoelétricos diretamente no circuito integrado do transdutor energia acústica em energia elétrica”, explicou Shepard, em termos bastante técnicos. O estudo foi apoiado em parte por uma bolsa da Fundação WM Keck e pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), e publicado dia 7 de maio, no site Science Advances.

Atualmente, o chip mede apenas a temperatura corporal do corpo em que é injetado, mas a equipe está trabalhando para medir mais processos vitais, como pressão sanguínea, frequência cardíaca, níveis de oxigênio e muito mais. “O ultrassom continua a crescer em importância clínica à medida que novas ferramentas e técnicas se tornam disponíveis. Este trabalho dá continuidade a essa tendência”, concluiu Elisa Konofagou.

Via Slasghgear

Imagem: Ivan Balvan/iStock