Uma pesquisa da Ding, o Índice Global de Pré-Pagos (GPI), revelou que 78% das pessoas do Brasil usaram planos pré-pagos nos últimos seis meses. Isso nos coloca atrás apenas da Indonésia e Filipinas (ambos com 83%) como maior de pré-pagos do mundo. Isso também supera a média global (53%) e chega a quase o dobro do Reino Unido e Estados Unidos.
A amostra avaliou 7,000 entrevistados entre Brasil, Estados Unidos, Europa, Oriente Médio e Ásia. Segundo o fundador da Ding, Mark Roden, os planos pré-pagos são muito mais populares no Brasil. “90% disseram que usar telefones pré-pagos foi uma escolha que fizeram por motivos como flexibilidade, em oposição a apenas 4% que disseram que não tinham outras opções no mercado”, afirma.
O consumidor brasileiro também é um dos que mais compra e recebe créditos de familiares ou amigos. Destes, um a cada cinco (23%) o faz semanalmente – o que, apesar de tudo, ainda é um índice menor do que países como o Catar (59%) e as Filipinas (45%).
O GPI aponta outra consequência dos planos pré-pagos no Brasil: o brasileiro normalmente envia ou recebe crédito dos outros para garantir o contato. Para se ter uma ideia, os entrevistados nos Estados Unidos, Reino Unido ou França afirmam que enviam crédito para “manter a outra pessoa feliz”. Ao passo que nos Emirados Árabes Unidos ou na Arábia Saudita, as pessoas mandam créditos às outras porque, bem, elas se sentem felizes fazendo isso.
“No Brasil, as pessoas enviam créditos para que seus entes queridos possam usar seus minutos para ligar para eles”, afirma Roden. A segunda motivação mais comum era que a pessoa “precisava urgentemente” – algo não muito comum na maioria dos outros países.
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