A Qualcomm tornou-se, oficialmente, dona da Nuvia, a empresa de processadores formada por ex-engenheiros da Apple, efetivamente finalizando a aquisição anunciada em janeiro deste ano e concluindo uma transação de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,85 bilhões, na conversão direta).
Em um comunicado publicado em seu site oficial, a Qualcomm confirmou que, agora como dona da Nuvia, ela vai herdar todo o seu capital humano, mostrando um interesse especial no time de engenharia da empresa. Mais além, a companhia agora liderada pelo brasileiro Cristiano Amon (Steve Mollenkopf anunciou sua aposentadoria em janeiro) confirmou que pretende usar a aquisição para produzir computadores com processadores próprios já para o segundo semestre de 2022 – especificamente, serão “laptops desenhados para o alto desempenho”.
“O time de expertise global da Nuvia aprimora o nosso roadmap para processadores, estendendo a posição de liderança tecnológica da Qualcomm nos ecossistemas Windows, Android e Chrome”, disse Amon. “O amplo suporte desta aquisição por toda a indústria valida a oportunidade que temos de oferecer produtos diferenciados com um desempenho líder em CPUs e eficiência de energia, à medida que a demanda por poder computacional aumenta na era do 5G”.
Equipe da Nuvia se integra aos funcionários da Qualcomm
Com a compra, o time da Nuvia passa a integrar o quadro de funcionários da Qualcomm, com o CEO da empresa – Gerard Williams – agora assumindo o cargo de vice-presidente sênior de engenharia. “Estamos muito empolgados em juntar forças com a líder em inovação da tecnologia sem fio da indústria, alavancados por uma missão conjunta de inventar tecnologias que quebrem barreiras”, ele disse. “Juntos, nós vamos criar uma nova categoria de plataformas de computação e alto desempenho, estabelecendo um novo padrão de qualidade para o mercado”.
A Qualcomm, agora dona da Nuvia, se prepara para entrar em competição direta com a Apple, que vem, desde o começo de 2020, abandonando sua longeva parceria com a Intel e favorecendo a fabricação do Apple Silicon, sua própria linha de processadores baseados na tecnologia ARM – a mesma que a Qualcomm usa para seus chipsets.