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Uma série de vídeos que apareceram no TikTok mostram soldados de Myanmar ameaçando cidadãos que protestavam contra o golpe militar que tomou o poder no país. Trajados em uniformes e portando armas, tanto policiais como membros de outras forças armadas anunciam que irão matar quem se manifestar nas ruas pedindo democracia.

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Segundo dados da MIDO (Myan ICT for Development Organisation) uma organização que luta por direitos nos espaços digitais, foram registrados mais de 800 vídeos de militares pró-ditadura. Eles utilizam algumas táticas para difundir a mensagem violenta e garantir bons números de visualização.

A primeira é uma alteração de um hino de protestos que diz “as forças armadas de Aung Shan (líder democrática) não devem ser usadas para matar as pessoas”. Na versão dos ditadores, o hino modificado diz que as forças armadas podem atirar nas pessoas. A canção é tocada nesses vídeos enquanto homens armados proferem discursos violentos.

Além disso, outra tática usada pelos militares golpistas é a de colocar hashtags com nomes de celebridades locais para que funcionem de forma similar a um clickbait e atraia visualizações de civis para intimidá-los.

Veículo de propaganda

Com o golpe militar que baniu o Facebook do país, o aplicativo TikTok cresceu em Myanmar, chegando a ser um dos 20 apps mais baixados. A rede de Zuckerberg havia deletado contas de membros das forças armadas que compartilhavam conteúdos violentos, bem como servia de mecanismo para manifestantes organizarem protestos pela democracia. Com seu banimento, a rede social chinesa foi adotada no lugar.

O TikTok se manifestou quanto aos vídeos alegando que possui diretizes bem claras para com conteúdos que incitem a violência ou que possam gerar dano a indivíduos, grupos ou sociedade. “No que tange a Myanmar, estamos constantemente removendo qualquer publicação violenta, que dissemine desinformação ou que fira nossas políticas”.

Contudo, seus esforços ainda não são suficientes, já que os vídeos chegaram a permanecer na plataforma por dias. Htaike Htaike Aung, diretora-executiva da MIDO, di\ que a empresa chinesa precisa melhorar sua tática para reportar esse tipo de conteúdo. Além disso, ela alerta que os militares estão querendo ganhar espaço nas redes para difundir sua propaganda e manter o controle sobre as manifestações.

Via Reuteurs e The Guardian

Imagem: Phannipa kattiyawong (Unsplash)