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A Índia passa por uma escalada autoritária que nos últimos meses envolveu uma série de sanções a produtos e tecnologias chinesas, como o TikTok. Desde que agricultores passaram a criticar e promover manifestações sobre novas regras agrárias, o governo subiu o tom e decretou regras com o intuito de coibir troca de informações no ambiente virtual. Em um novo gesto antidemocrático, agora autoridades da Índia ameaçam prender funcionários do Facebook e Twitter.

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O intuito da ameaça é claro: fazer com que as companhias levem a sério novas leis que entraram em vigor nas últimas semanas e obrigam as plataformas a remover conteúdos, sinalizados pelo governo como inadequados, em até 24 horas. Com as alterações legislativas na Índia, autoridades acreditam que os protestos deixarão de ganhar repercussão, uma vez que os agentes públicos solicitam a remoção de mensagens críticas, incitação a novos protestos, ou registros dessas manifestações.

Em uma tentativa de mostrar que não está brincando, o governo da Índia teria até mesmo uma lista nominal de funcionários do Facebook e Twitter que poderia prender caso a lei arbitrária não fosse cumprida. Em resposta, as duas redes sociais repassaram dados de solicitações atendidas. A plataforma de Mark Zuckerberg teria atendido 50% dos pedidos, enquanto o Twitter teria deletado apenas 1% das mensagens.

WhatsApp pode ser o maior “problema”

Mesmo assim, a maior preocupação do governo pode ser o WhatsApp: a ferramenta é extremamente popular na Índia e criptografa mensagens de ponta a ponta, impedindo o rastreio pelo próprio serviço. Não seria a primeira vez que o mensageiro seria o centro das atenções, uma vez que problemas de fake news geraram enormes dores de cabeça para o país há alguns anos.

Enquanto o momento é de tensão generalizada, milhares de agricultores seguem nas ruas protestando contra as novas regras para agricultura local. O caso já explodiu internacionalmente, e talvez as medidas de censura da Índia sejam infrutíferas para seu objetivo. O país, porém, não tem histórico de recuar de suas decisões, e sendo assim não seria surpreendente a Índia prender funcionários do Facebook e Twitter.

Via 9to5Mac e RTL Nieuws

Imagem: Still Pixels (Pexels)