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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai divulgar nesta quinta-feira (25/02) novidades sobre o andamento do esperado leilão do 5G. O órgão convocou a imprensa para uma entrevista coletiva em sua sede, em Brasília, com previsão de início para as 17 horas, após o término da 896ª Reunião de seu Conselho Diretor. De acordo com release divulgado pela assessoria de imprensa, o tema será o Edital de Licitação de espectro de radiofrequências para a prestação de serviços de telecomunicações por meio de redes de quinta geração (5G).

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O Edital do leilão do 5G estava previsto para ser apresentado no início de fevereiro, mas foi adiado após Leonardo Euler, presidente da Anatel, e um dos conselheiros pedirem vistas, ou seja, mais tempo para revisar e apontar eventuais pontos falhos ou correções no documento elaborado pela Agência Nacional. “A compreensão da importância desse leilão é plena. As inovações propostas pelo relator reconheço que são legítimas, mas algumas delas não estavam no radar e precisam de uma maior reflexão”, justificou, à época, o presidente.

Segundo Joana Cunha, colunista da Folha de S.Paulo, uma das novidades do edital que serão apresentadas será a sugestão de que as metas de implantação de antenas 5G tenham a opção de começar pelo interior, em vez das capitais. Isso serviria para “estimular a competição incentivando modelos de negócios que comecem pelo adensamento da infraestrutura do interior, além de atender políticas públicas de redução das desigualdades de conexão entre municípios”.

O leilão

A Anatel pretende realizar o leilão 5G no Brasil ainda no primeiro semestre deste ano, inclusive com a participação da Huawei, empresa chinesa banida dos Estados Unidos e que chegou a ficar no radar do presidente Jair Bolsonaro, simpatizante das decisões tomadas por Donald Trump enquanto este ainda estava na Casa Branca.

A negociação deve abranger quatro faixas nas frequências 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. A mais mais polêmica dessas é a de 3,5 GHz, onde funciona o sinal de antenas parabólicas no país. Assim, quem adquirir a faixa vai ter que investir na distribuição de antenas de banda Ku, que funciona em outra faixa, em alguns locais. No geral, apenas a de 26 GHz não envolve o investimento em melhorias em outros seguimentos. Essa deve ser usada em grandes centros urbanos.

Algo semelhante aconteceu com a rede 4G, na época uma das faixas era também onde funcionava a frequência de TV analógica e um processo de distribuição de conversores precisou ser realizado para atender quem ficou sem sinal. Outra exigência para quem comprar a rede de 3,5 GHz é a criação de uma infraestrutura de rede exclusiva para órgãos governamentais.

Os jornalistas que comparecerem à sede da Anatel nesta quinta para acompanhar a coletiva sobre o leilão do 5G no Brasil poderão questionar o presidente e os demais membros sobre as principais pendências. O evento contará com transmissão ao vivo pela internet, na página oficial da agência, tão logo termine a reunião do Conselho Diretor do Órgão.

Imagem: ADMC/Pixabay/CC