Um dos últimos a chegar nesse nicho de mercado, o Spotify está finalmente anunciando uma versão hi-fi do seu serviço de música sob demanda. Audiófilos ficarão felizes com a chegada de uma opção sem compactação de dados para seus álbuns, permitindo o consumo com qualidade sem perdas. O anúncio foi promovido pela plataforma durante o Stream On, evento digital que trouxe novidades para o aplicativo. A empresa revelou que essa era uma das implementações mais desejadas pelos usuários. Deezer, Tidal, e outros competidores do Spotify já possuem soluções HiFi, e cobram mais por isso.
Um dos motivos para os valores diferenciados é o maior peso dos arquivos FLAC, formato mais utilizado para arquivos sem perda de qualidade. A nova alternativa do Spotify, porém, ainda não teve preço divulgado.
Além disso, o Spotify HiFi será lançado apenas em mercados selecionados, segundo a empresa. O lançamento também não possui data para acontecer, mas a empresa promete anunciar mais novidades em breve. Testes envolvendo essa modalidade mais premium de consumo, porém, existem pelo menos desde 2017, mas por alguma razão a companhia optou por só oficializá-lo agora. A novidade será compatível não apenas com smartphones, mas também alto-falantes inteligentes e outros gadgets de áudio.
O que é hi-fi
A ideia de alta fidelidade no som, com arquivos sem compactação, supressão ou junção de canais seria o áudio mais puro concebido na gravação original, permitindo músicas mais cristalinas e imersivas, com localização espacial de instrumentos, por exemplo.
Isso, claro, cobra um consumo de dados bem maior, e também exige que o usuário tenha dispositivos de áudio de alto nível. Um fone de ouvido simples ou um alto-falante Bluetooth comum não é projetado para trabalhar com o dinamismo desse tipo de arquivo. Ou seja, o usuário precisará se preparar de ponta a ponta, com um plano Spotify HiFi e também dispositivos de som compatíveis.
Não chega a ser necessariamente o Santo Graal de todo audiófilo. A qualidade é equivalente ao lançamento, e isso pode ser uma remasterização em CD mais recente. Durante os anos 1990 e 2000, as gravadoras lançaram uma batelada de remasterizações, mudando as características do original, na chamada Guerra do Volume. É uma das razões porque audiófilos podem preferir pular o CD e ficar com o vinil.
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