O Jigsaw, app de encontros foi apelidado de “anti-Tinder” por diversas razões. A proposta é não trivializar encontros românticos, e começa por não mostrar imediatamente o rosto dos matches – no lugar disso, propõe um jogo para revelá-lo. Parece que muita gente gostou: o app recebeu US$ 3,7 milhões da The Relationship Corp. para expandir suas atividades nos EUA.

Se você ficou ficou imaginando como é que funciona essa história de match às escuras, é assim: o Jigsaw pede que você tire uma selfie encaixando seu rosto dentro do quadro. O app não permite GIFs ou filtros (é, adeus, boomerang com orelha de gatinho). Depois, o aplicativo sobrepõe seu rosto com um quebra-cabeça, com 14 peças. À partir daí você curte os perfis com base nas bios. Se você der match, ele revela uma das peças. À medida que o usuário conversa com a pessoa, o quebra-cabeça se desfaz.

Slow dating?

Segundo o co-fundador e CEO do “anti-Tinder”, Alex Durrant, o recurso (patenteado) é um “dedo do meio” do Jigsaw para a indústria dos relacionamentos, que “aposta na aparência antes da personalidade”. Considerando que o aplicativo possui 150,000 usuários nos Estados Unidos e na Europa – com um terço deles na terra do Tio Sam – parece que o negócio dá certo. Isto é, presumindo que os dois não spameiem mensagens só para se verem.

Esse princípio de relacionamentos, batizado de “slow dating”, não é exatamente novidade. Para evitar cansaço Apps como Once, Willow e INYN, para mencionar alguns, apostam na química antes da biologia. Afinal, por causa da aparência e o excesso de opções, você pode acabar ignorando uma pessoa legal para dar trela para neofascistas ajeitados, por exemplo.

No momento, o Jigsaw está disponível apenas na App Store, sem previsão de chegada do Anti-Tinder no Android. Em contato via e-mail, Alex Durrant informou que há planos de expansão para o mercado brasileiro ainda neste ano.

Via TechCrunch

Imagens: Divulgação (Jigsaw)