Um relatório da Sensor Tower revelou que usuários do iOS pagaram um total de US$ 10,3 bilhões em apps do top 100 da lista de assinaturas no ano passado, sem contar jogos. O crescimento anual corresponde a um aumento de 32% em relação a 2019, que teve um lucro de US$ 7,8 bilhões.
O próprio número geral de assinaturas em apps pagos cresceu expressivamente. No mesmo período, o consumo mundial no setor teve um aumento de 34%, subindo de 9,7 bilhões em 2019 para 13 bilhões. O faturamento correspondem a uma fatia expressiva (11,7%) dos ganhos no segmento de compras por aplicativo, que arrecadou um total de US$ 111 bilhões entre microtransações e outros recursos pagos.
Já o Google teve um lucro mais modesto que a Apple nas assinaturas em apps, faturando “apenas” US$ 2,7 bilhões em 2020. A cifra corresponde a um aumento de 42% em comparação a 2019, de US$ 1,9 bilhão. No entanto, a Alphabet saiu por cima no que diz respeito a lucro por aplicativos. O YouTube foi o serviço com maior receita em assinaturas, recebendo um total de US$ 991,7 milhões.
Novas formas de consumo
O modelo de assinatura têm se mostrado excepcionalmente lucrativo para a Apple, uma vez que muitos de seus apps oferecem períodos para teste gratuito no iOS, engajando seus usuários.
Outro relatório da Sensor Tower apontou nas tendências de consumo para o mundo mobile em 2021, indicando que oito dos quinze jogos mais lucrativos das lojas virtuais funcionam por assinatura. A tendência se manifestava antes mesmo da pandemia da Covid-19, já que serviços de streaming de séries e músicas, que oferecem modelos similares.
Isso pode significar uma mudança de paradigma para as empresas, que podem oferecer serviços exclusivos baseados no novo padrão de consumo. O Twitter, por exemplo, pode estar estudando como incluir conteúdo pago na sua plataforma. Enquanto a Apple, maior exemplo de sucesso na implementação deste modelo de venda de software, pode implementar algo parecido agora em hardware, para uma troca recorrente de seus dispositivos.
Via MacRumors
Imagem: Hocus Focus (iStockPhoto)