Vida Celular

Tudo sobre os melhores celulares

Nós do Vida Celular e nossos parceiros utilizamos cookies, localStorage e outras tecnologias semelhantes para personalizar conteúdo, anúncios, recursos de mídia social, análise de tráfego e melhorar sua experiência neste site, de acordo com nossos Termos de Uso e Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

Por conta das diversas restrições a fake news e discurso extremista no fim da administração Trump, inclusive o banimento do próprio presidente de várias redes, os conservadores dos EUA se retrataram como vítimas do silenciamento e perseguição das redes sociais. Em um relatório publicado agora, pesquisadores da Universidade de Nova York (NYU) registram não terem encontrado provas de censura aos conservadores promovida pelas mídias sociais.

Publicidade

O relatório do Centro Stern para Negócios e Direitos Humanos da NYU ainda aponta para uma tentativa das plataformas de se mostrarem imparciais, que buscaram e ainda buscam formas de acalentar os conservadores mais radicais. Esses procedimentos das redes sociais acabam reforçando a contradição nas reclamações de silenciamento das vozes desse grupo ideológico.

Retórica após Trump

Paul Barrett, pesquisador-chefe do relatório do NYU, lamenta ver a continuidade de práticas que deveriam, pelo menos, ter diminuído após a derrota dos extremistas do Capitólio e a posse de Joe Biden. Citando inclusive o comportamento da Fox News, que sistematicamente abre espaço para trumpistas inconformados, Barrett diz que, “Em vez de tudo isso ir embora com Trump deixando Washington, está apenas ficando mais intenso”. O pesquisador acrescenta que os discursos de vitimização feitos pelos conservadores se tornaram uma retórica claramente política.

As pesquisas que resultaram no relatório foram feitas com dados das plataformas de análise CrowdTangle e NewsWhip. Outros indicadores também vieram de estudos realizados em 2020 pela plataforma Politico e pelo think tank de Londres Institute for Strategic Dialogue. O resultado final, além de não encontrar provas de censura aos conservadores, mostrou que os tipos de discurso que mais dominaram as redes sociais vieram de contas conservadoras.

Citando o Twitter como liderança nas ações de moderação, Barrett diz que redes como Facebook, YouTube e o próprio Twitter podem ter cometido erros em seus ajustes recentes de políticas em caso de violação. Entretanto, as respostas dadas após o ocorrido no Capitólio em 6 de janeiro e o banimento de Trump das plataformas mostraram que elas agiram em conformidade com seus termos contra o incitamento à violência.

Recomendações para o futuro

O Relatório que não encontrou provas de censura aos conservadores também apresenta algumas recomendações para que as plataformas de mídia social se tornem um ambiente mais saudável. Entre as ações necessárias, há uma apresentação melhorada de seus termos de moderação e mais liberdade para os usuários customizarem seus feeds de mídia social.

Os pesquisadores ressaltam a importância do aumento no número de moderadores humanos nas redes, contratados diretamente pelas plataformas e não como terceirizados. Um melhor relacionamento entre as empresas de mídia social e os atores políticos também é aconselhado, assim como maior clareza nas documentações de software. Não necessariamente acesso a todo o conteúdo de códigos e algoritmos, mas uma melhor possibilidade das pessoas entenderem quais são as decisões que estão sendo tomadas pelas redes.

Via The Verge

Imagem: JamesBrey / iStock