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A Índia tem vivenciado uma série de protestos realizados por pequenos agricultores contra as novas leis que afetam sua produção. E, aparentemente, como resultado dessa mobilização, o Twitter bloqueou localmente algumas contas de pessoas influentes de esquerda que apoiam o movimento dos agricultores. Estão suspensos o perfil do Kisan Ekta Morcha, grupo responsável pela organização dos protestos, do jornal The Caravan Magazine, do Partido Comunista (Marxista) de Pudecherry além de perfis de atores e escritores socialistas.

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Mesmo sem deixar claro o motivo do bloqueio das contas, um porta-voz do Twitter comentou que a rede social obedece às leis de cada país e, caso as autoridades exijam legalmente a suspensão de contas de usuários, isso será feito.

Para bom entendedor… Os afetados por esse bloqueio estão questionando se a ordem partiu do governo (de extrema direita) Modi.

A organização Kisan Ekta Morcha comentou sua posição sobre o bloqueio das contas. Em um tuíte, explicou que trata-se de uma forma do governo da Índia silenciar o movimento dos pequenos agricultores e de jornalistas envolvidos com a causa.

E essa não é a primeira censura indiana, alguns app já foram banidos do país por questões “morais”, por coisas que incomodam a agenda ultraconservadora de Modi.0

Contexto dos protestos

Desde novembro do ano passado, milhares de agricultores estão se marchando para as bordas da capital Nova Delhi para protestar contra as novas leis de agricultura aprovadas pelo primeiro-ministro Narendra Modi. Os manifestantes ocuparam estradas que levam à cidade com acampamentos pedindo a revogação da legislação.

O jornal britânico The Guardian publicou uma matéria explicando o caso. Nela, os lavradores indianos reclamam que as novas leis, além de terem sido aprovadas sem consulta dos próprios, submetem os agricultores aos mandos de grandes corporações que podem pagar preços mínimos pelos produtos. Com isso, eles correm risco de pobreza e perda das terras.

Em 12 de janeiro deste ano, Narendra Modi ordenou que as leis fossem suspensas com o intuito de apaziguar os protestos. Também criou um comitê para negociar uma resolução ao caso. Porém, um dos líderes do movimento de agricultores comentou ao The New York Times que os quatro membros desse comitê são pró-governo e já se manifestaram anteriormente a favor das leis que beneficiam as corporações.

Insatisfeitos com a movimentação do primeiro-ministro, os agricultores continuaram seus protestos. Como forma de aumentar a pressão para revogar as leis pró-mercado, foi realizada uma carreata de tratores na última terça-feira (26/01) que acabou sofrendo repressão policial, se tornou violenta e gerou feridos. Foi nesse contexto que o Twitter bloqueou as contas de manifestantes de esquerda que apoiam os agricultores locais.

Via The Next Web

Imagem de destaque: Still Pixels/Pexels