O YouTube começou a testar nesta quinta-feira (28/01) uma ferramenta chamada Clips, que possibilita a extração de vídeos de curta duração de uploads comuns e transmissões ao vivo. Por enquanto, o recurso está limitado a um pequeno número de criadores de conteúdo e canais.
Os clips no YouTube terão duração de cinco a 60 segundos, além de uma URL separada do vídeo original. A ferramenta terá um ícone próprio (uma tesoura, semelhante à função de “recortar” no Office), e permitirá que criadores e usuários escolham quais fragmentos querem destacar. Até o momento, o recurso só funciona em desktops e dispositivos Android.
O leitor pode experimentar uma demonstração do Clips no YouTube neste vídeo abaixo. Para produzir um clipe, basta clicar no ícone de tesoura abaixo da tela e aguardar o aparecimento de uma caixa para a criação do vídeo. A partir daí, selecione o fragmento que você quer e aumente ou diminua a duração pelo controle deslizante. Quando terminar, é dar um título e compartilhar o clip em redes sociais e afins.
O vídeo acima explica todo o processo. Clique aqui para ver um YouTube Clip, feito por nós a partir do vídeo acima.
Disputa com Twitch
A incorporação do Clips ao YouTube vem na esteira de plataformas como o Twitch, que já permite o compartilhamento de conteúdo extraído de lives. O recurso é, em certa medida, considerado essencial para os canais porque é possível viralizar material com mais facilidade nas plataformas sociais. Transmissões ao vivo de duas ou três horas são consideradas longas demais para garantir engajamento e um bom clip pode trazer um grande fluxo de novos espectadores.
Por outro lado, este pode ser o fim da divisão por capítulos (os famosos “timestamps”) no YouTube, uma vez que as cenas de destaque podem ser facilmente extraídas das transmissões e dispostas de forma simples para o usuário operar.
Dados recentes do StreamLabs mostram que, tanto no Twitch quanto no YouTube, o tempo de transmissão de streamers cresceu bastante no comparativo de 2020 para 2019. No Twitch, os streamers passaram de 11 bilhões de horas transmitidas em 2019 para 18,41 bilhões no ano passado. Já na plataforma do Google, o número cresceu de 3,15 bilhões de horas em 2019 para 6,19 bi em 2020.
Via The Verge
Imagem: Norwood Themes/Unsplash/CC