Após o governo da Índia confirmar o banimento do TikTok e de mais 58 apps chineses, a empresa chinesa ByteDance, desenvolvedora do aplicativo, informou aos funcionários de seu escritório na Índia, que vai reduzir significativamente a equipe de mais de 2 mil pessoas.
A proibição vem desde o ano passado, quando aumentou a tensão entre os vizinhos por questões de geopolítica. Houve uma disputa com tropas chinesas, próximo à fronteira do Himalaia, que resultou em 20 soldados indianos mortos.
Desde então o governo indiano classificou os aplicativos como inapropriados à “soberania e integridade da Índia”. A situação foi uma espécie de estopim que deu ainda mais “munição” para o banimento do TikTok da Índia.
Demissão em massa
A notícia foi dada por meio de um memorando interno assinado pela CEO do TikTok, Vanessa Pappas e o vice-presidente de Negócios, Blake Chandlee. Após a divulgação da informação, um porta-voz da empresa confirmou que haverá demissões.
No documento a empresa não especificou quantos funcionários planeja demitir, mas especula-se que seja em torno de dois terços. No memorando foi informado “esperávamos que essa situação durasse pouco, infelizmente descobrimos que não foi o caso”. A empresa acrescentou ainda “não podemos ficar com uma equipe completa enquanto nossos aplicativos permanecem fora de operação”. Também lamentaram a falta de orientação sobre como, se ou quando o app poderá ser reintegrado.
Antes do banimento do TikTok na Índia, o país era um dos maiores mercados internacionais do aplicativo, com mais de 200 milhões de usuários ativos por mês. A perda do mercado indiano pode impactar diretamente nas receitas da ByteDance, que em 2020 foi avaliada em cerca de US$ 140 bilhões. A empresa tinha inclusive planos de investimentos na Índia na casa de US$ 1 bilhão.
O TikTok tem crescido rapidamente à medida que consegue ampliar seu mercado publicitário. Em 2021, segundo seus administradores, há expectativas de que o app ultrapasse os US$ 6 bilhões.
Via Business Insider e Reuters
Imagem: Solen Feyissa/Pixabay