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O Spotify acaba de lançar versões narradas e editadas de nove clássicos da literatura de língua inglesa em sua plataforma digital. Embora os audiobooks sejam todos já de domínio público, o serviço de streaming contratou grandes nomes para suas gravações exclusivas, como Hilary Swank, Forest Whitaker e Cynthia Erivo. Os livros estão todos em inglês.

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Os audiobooks disponíveis até o momento são “Frankenstein”, de Mary Shelley; “O Despertar”, de Kate Chopin; “Persuasão”, de Jane Austen; “A Narrativa da Vida de Frederick Douglass, um Escravo Americano: Escrita por ele mesmo”, de Frederick Douglass; “Cane”, de Jean Toomer; “Grandes Esperanças”, de Charles Dickens; “Jane Eyre”, de Charlotte Brontë; “Passando-se”, de Nella Larsen; e “A Glória de um Covarde”, de Stephen Crane.

Esse novo recurso é bem interessante, mas está longe de ser a primeira vez que o Spotify aposta em audiobooks. Em 2018, a plataforma fez um acordo com a Bloomsbury Publishing para lançar audiolivros sobre música no serviço de streaming – todos também no idioma inglês. Ainda ano passado, a empresa publicou livros em áudio toda a série Harry Potter.

Uma novidade tímida

Se você, assim como eu, abriu o streaming e não encontrou nada do que eu estou falando na página inicial, não se surpreenda. Além do lançamento ser divulgado apenas em países de língua inglesa, o Spotify não possui uma interface exclusiva que separe audiobooks de outros conteúdos até o momento. Para encontrá-los, você precisa pesquisar pelo título.

O Spotify possui uma playlist dedicada a Audiobooks, com clássicos como “Bartleby, o Escrivão”, de de Herman Melville, “A Metamorfose” de Franz Kafka e “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald, entre muitos outros. Nela, os livros aparecem como faixas de música. O formato, no entanto, não é otimizado: uns livros são divididos por capítulos, enquanto outros, por partes. Para piorar, não há uma unidade nos artistas – por vezes, os livros estão registrados com o nome das produtoras ou dos narradores. Em outros casos, está os nomes dos autores.

É de se esperar que o engajamento faça os livros em áudio eventualmente cheguem para ficar no Spotify também no nosso idioma. Uma breve pesquisa com o termo “audiobooks Brasil” ou “audiolivros” revelam que alguns usuários estão publicando suas leituras de clássicos. Entretanto, estes arquivos podem sair do ar, conforme o que determinarem os detentores de direitos de publicação.

Testando novas águas

O Spotify afirma que o lançamento faz parte de um teste de usabilidade da plataforma. Entretanto, o que parece é que o serviço de streaming está testando mesmo as águas de seu conteúdo literário, inclusive no formato de podcasts, nos quais a empresa aposta faz tempo. A empresa colocou no ar uma série de podcasts de análise literária, Sitting with the Classics, da professora de Harvard, Glenda Carpio.

Se esse “teste” for um sucesso, a empresa pode ter encontrado uma maneira de colocar seus ouvintes mais letrados no mercado de áudiolivros, ombreando com a Audible, da Amazon. Vale lembrar que o público do  Spotify possui interesse em ir além da música: dos seus 320 milhões de usuários, pelo menos um quinto deles já ouviu programas em áudio no último trimestre.

Antes disso, em 2019, o CEO da plataforma, Daniel Ek, adquiriu duas grandes produtoras de podcasts – a Gimlet Media e a Anchor – ao perceber que o público na Alemanha consumia amplamente o formato. Desde então, vem assinando contratos com nomes como o Príncipe Harry e Joe Rogan, além de Barack e Michelle Obama. A empresa também abriu uma vaga para chefe de audiolivros em meados de 2020 e fez acordo para distribuição de conteúdos da NPR.

Via The Hollywood Reporter

Imagem: David MG (Shutterstock)