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A Qualcomm teve um ano difícil na China e perdeu a liderança no mercado de chips para a MediaTek. A americana sofreu uma queda de 48% no número de remessas envidas ao país asiático. As sanções do governo dos Estados Unidos contra a Huawei podem ter contribuído para o fraco desempenho da fabricante de chips.

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Com as restrições impostas contra a maior produtora de celulares da China, a companhia, que equipava boa parte de seus aparelhos com chips da Qualcomm, começou a focar na produção de seu próprio SoC para não depender mais de uma empresa dos EUA.

Para efeito de comparação, segundo dados divulgados pela CINNO Research, em 2019 a americana era responsável por 37,9% do mercado de chips no país. Em 2020, esse número caiu para 25,4%, ou seja, a Qualcomm perdeu uma parcela considerável do mercado na China.

Os números também mostram que quem ganhou com isso foi a MediaTek. Isso porque com as restrições dos EUA não apenas a Qualcomm mudou de foco na produção, mas outras companhias chinesas como a Vivo e a Xiaomi também buscaram outras fornecedoras e, nesse sentido, os chips da empresa de Taiwan acabam custando menos.

Consequência dos EUA

“Isso não apenas por causa do excelente desempenho da plataforma mid-end da MediaTek, mas também, é inegável que os EUA impuseram uma série de sanções à Huawei, obrigando os principais fabricantes a buscarem mais diversificação, estabilidade e fontes confiáveis ​​de abastecimento”, diz um trecho do relatório da CINNO.

No terceiro semestre de 2020, a MediaTek ultrapassou a empresa dos EUA e conseguiu ser a fabricante de chips com mais vendas no período. Ainda sim, a expectativa é de que a Qualcomm recupere uma parte do mercado que perdeu na China em breve, com a popularização dos chips 5G, setor em que americana ainda lidera.

A acusação dos EUA é que a China esteja usando a Huawei como espiã. Pressões da Casa Branca já fizeram com que a companhia fosse barrada do 5G em países da Europa, como França e Reino Unido. Diversas empresas americanas colocaram restrições. Incluindo o Google, que limitou os serviços do Android nos aparelhos da marca. Certamente a revelação não deve ajudar o caso da empresa. A postura que o presidente Biden vai tomar em relação a chinesa ainda não está clara.

Via CNBC