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O que seria possível executar com um smartphone se os celulares fossem dotados com um processador capaz de lidar com tarefas de inteligência artificial de forma aprimorada e mais eficiente? É isso o que um grupo de pesquisadores da Universidade de Stanford, Califórnia, está estudando, e em vias de apresentar as respostas. De acordo com os cientistas, os aparelhos eletrônicos alimentados por bateria poderiam “ser muito mais inteligentes se pudessem executar algoritmos de inteligência artificial”.

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O problema, segundo os pesquisadores, é algo chamado “memory wall” (ou, em português, parede de memória). Para que possamos entender melhor, essa parede seria o que separa o processamento de dados dos chips de memória, que precisam trabalhar juntos para atender o que um computador (tablet ou celular) precisa para executar funções de inteligência artificial e machine learning. De acordo com o cientista Subhasish Mitra, esse processo consome 95% da energia necessária para a máquina aprender e, com isso, esgota rapidamente a bateria dos dispositivos.

A solução dos cientistas

Depois de, literalmente, se depararem com uma parede (de memória, mas uma parede), os cientistas de Stanford resolveram testar algumas possibilidades de incorporar a inteligência artificial ao processador dos celulares sem gastar a bateria em um tempo tão curto. Uma das soluções deu origem a uma nova forma de memória batizada de RRAM. De acordo com os pesquisadores de Stanford, ela é capaz de armazenar dados mesmo com a energia desligada, e faz isso de maneira mais rápida e eficiente do que a memória Flash.

Os cientistas desenvolveram o elemento utilizando oito chips híbridos, cada um com seu processador próprio, construído ao lado do armazenamento de memória, também individual. Novos algoritmos desenvolvidos permitiram que os 8 chips fossem combinados em um único processador. Com isso, ele tem eficiência energética suficiente para impulsionar a IA dos celulares e economizar bateria. Batizado de “Illusion Systems” (ou “Sistemas de Ilusão”), o método foi capaz de “enganar os 8 chips para que pensassem ser apenas um”, de acordo com os cientistas.

Esse método é parte da ERI (Electronics Resurgence Initiative), um programa de US$ 1,5 bilhão patrocinado pela DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency). Os cientistas de Stanford afirmaram ainda que a descoberta “é apenas o começo” de uma verdadeira revolução em termos de inteligência artificial para processadores de celulares. Em algumas simulações já foi possível detectar que sistemas com 64 chips híbridos podem realizar tarefas sete vezes mais rápido do que os processadores atuais, gastando 1/7 da energia. A ideia é que o Illusion Systems fique 100% pronta para ser disponibilizada no mercado entre 3 e 5 anos.

Via SlashGear

Imagem: Everything possible (Shutterstock)