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Falar com seu computador é um clichê da ficção científica que se tornou banal já há 6 anos, desde o lançamento da primeira assistente virtual de sucesso, a Amazon Alexa. Que, aliás, foi inspirada no computador de bordo da Enterprise, de Star Trek. Anos depois, mesmo com os preços já bem em conta, a maioria ainda parece ter se empolgado. De forma que aqui estamos: você aí, devia comprar um smart speaker?

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Há algumas razões sérias para dizer não. A maior é uma questão de segurança: a caixa fica ouvindo o tempo todo e há mais de uma maneira de transformá-las em um grampo. Mesmo sem uma invasão, elas poderiam, em tese, coletar qualquer conversa para seus fabricantes (o que eles dizem que não fazem) e também sua voz e interações (o que fazem). Por outro lado, isso é bem maior que smart speakers: quais informações hoje em dia você já não está “falando” para empresas de tecnologia o tempo inteiro?

Outra coisa pode ser o mero e natural desconforto de “conversar” com uma máquina, que alguns acham de esquisito a desconfortável ou ridículo – lembrando ligações automatizadas desagradáveis de atendimento ou telemarketing. Pode ser só uma questão de hábito, mas ninguém é obrigado a gostar.

Ajuste suas expectativas

E há ainda a questão das expectativas. Um assistente virtual não é inteligência artificial no sentido de ficção científica. É, obviamente uma máquina, e muitas “conversas” podem resultar em inúmeras repetições “não entendi o que você quer”. Na prática, é preciso mesmo consultar manuais para saber o que o dispositivo vai entender.

Há ainda a barreira da língua: mesmo com os dispositivos vendidos aqui reconhecendo o português, as funções mais avançadas (como as diversas “habilidades” da Alexa) só funcionam em inglês.

Também não é ligar e sair controlando a casa. É meio óbvio, mas você vai ter que investir um bocado até poder acender lâmpadas e destrancar fechaduras com um assistente virtual. TV, só com compatibilidade: os concorrentes que produzem tanto aplicativos quanto dispositivos vivem em guerra. Recentemente, o YouTube foi removido dos dispositivos Amazon Alexa por uma questão comercial. Se você tem uma TV com Chromecast e quer usar um dispositivo Amazon, possível até é, mas vai envolver uma enorme e complicada rotina.

Dito tudo isso, sim: com investimento de tempo e dinheiro, você pode ter uma casa dos Jetsons. Ou um mero rádio relógio falante. Com a configuração certa, um smart speaker (ou clock) permite acordar pela manhã já com o café coado, preparar a banheira com antecedência, ligar e desligar lâmpadas e eletrodomésticos, configurar alarmes. Com elas também dá para ouvir rádios, pedir músicas, playlists ou gêneros musicais no Spotify, inclusive pedir comida e chamar um Uber, entre outras benesses.

Dito isso tudo, pelo preço que hoje em dia esses assistentes custam – uma fração de um celular – não chega a ser temerário recomendar só por experiência ou diversão. Se não vai pesar no bolso, procure ver o que é mais compatível com o que já tem em casa e com suas assinaturas.