2021 começou com pressão em cima do Google. Mais de 200 funcionários da empresa e da Alphabet, sua “mãe”, anunciaram que uniram forças para fundar um sindicato para os empregados e terceiros.
A iniciativa tem apoio da Campanha do Sindicato dos Trabalhadores de Comunicação da América para Organizar Funcionários Digitais (CODE-CWA) e já conta com mais de 225 adeptos que se comprometeram a doar 1% de sua remuneração anual para o sindicato.
Um dos profissionais que encabeça a criação do sindicato é Dylan Baker, engenheiro de software do Google, que afirmou que a ação vai garantir aos profissionais que a empresa reflita seus valores.
Direitos dos trabalhadores
São muitas as questões trabalhistas envolvendo o Google: greves, retaliação a grevistas, falta de benefícios aos terceirizados e até o pagamento a executivos acusados de assédio e contratos com governos estão entre as polêmicas.
A empresa também é acusada de desencorajar a formação e ingressão dos profissionais em um sindicato. No ano passado, outras empresas de tecnologia fundaram sindicatos. Kickstarter, Glitch, HCL Techologies são apenas algumas delas. O crescimento do setor e a chegada de profissionais jovens serviu como incentivo para esse movimento.
Batizado de Alphabet Workers Union (União dos Trabalhadores da Alphabet), o sindicato dos empregados da Google ainda não está concretizado, uma vez que precisa de mais gente aderindo a essa causa e ter o reconhecimento da Alphabet.
Em setembro de 2020, a empresa contava com 32.121 profissionais. Por meio de um comunicado, Nick Anselmo, gerente de programa do Google disse que este sindicato se baseia em anos de organização corajosa dos empregados da empresa. “Desde lutar contra a política de ‘nomes reais’, a protestar contra os pagamentos notórios e multimilionários que foram dados a executivos que cometeram assédio sexual, vimos em primeira mão que a Alphabet responde quando agimos coletivamente. Nosso novo sindicato fornece uma estrutura sustentável para garantir que nossos valores compartilhados como funcionários da Alphabet sejam respeitados, mesmo depois que as manchetes desaparecerem”, afirmou.
Via Techcrunch
Imagem: Fauxels/Pexels/CC