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Uma coalizão formada por mais de 150 grupos ativistas na Ásia escreveu uma carta à Apple exigindo que a empresa faça mais pelos direitos humanos e pare de “suprimir” críticas ao assunto no continente. Entre os assinantes do termo, há representantes de Tibete, Hong Kong e de populações uigur.

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“Estamos escrevendo em resposta ao contínuo fracasso da Apple em proteger a liberdade de informação e expressão, apesar de uma nova política que afirma seu compromisso com os direitos humanos”, diz a carta, referindo-se a uma política anunciada pela empresa americana meses atrás.

No comunicado, as organizações também alegam que a Apple rejeitou proposta de acionista que levantava questões sobre direitos humanos na operação. “Ao bloquear o voto dos acionistas, a Apple tenta nos silenciar”, diz Pema Doma, membro do grupo Estudantes por um Tibete Livre. “A companhia quer varrer os direitos humanos de chineses, uigures, tibetanos e de Hong Kong para debaixo do tapete e continua se curvando às demandas e censura do Partido Comunista Chinês.”

Alegações de trabalho forçado em fornecedora

Nas últimas semanas, a Apple se viu envolta novamente em alegações de trabalho escravo. Além de uma denúncia de violação das leis trabalhistas chinesas, na qual uma fornecedora da empresa americana teria usado trabalho forçado da minoria muçulmana (uigures) no país.

Em julho, a Apple disse não ter encontrado violações de direitos humanos em sua cadeia de produção. No entanto, recentemente, a companhia cortou relações com a O-Film, uma das empresas acusadas de usar trabalho forçado.

A Apple também estaria fazendo lobby contra um projeto de lei que impede a importação de produtos dos EUA se companhias não comprovarem a garantia de direitos trabalhistas. Entre as mudanças propostas pela empresa de Cupertino, estão a omissão de informações sobre a cadeia de suprimentos e a extensão de prazos para compliância.

Algumas fontes dentro da Apple também revelaram ao site The Information que a empresa tem sido cúmplice em permitir que violações trabalhistas ocorram na cadeia de produção.

Colaboração com o governo da China

A carta não se restringe às acusações de trabalho escravo. Os grupos questionam a decisão da Apple ter retirado redes privadas virtuais (VPNs) da App Store na China a pedido do Partido Comunista e afirma que a empresa atrapalha os movimentos pela democracia em Hong Kong.

“A Apple não pode continuar repetindo sua velha retórica de que o engajamento é o caminho para melhorar os direitos humanos na China e nas regiões sob o controle do governo chinês”, acusa a carta. “A Apple não pode abandonar os usuários que vivem sob regimes autoritários”.

Por fim, a coalizão exige que a empresa de Cupertino dê “passos concretos rumo a um futuro positivo”. “A Apple deve se comprometer com a implementação de mudanças fundamentais para garantir as liberdades e a segurança de seus usuários em todos os lugares – incluindo Tibete, Turquestão Oriental, Mongólia do Sul, China, Hong Kong e Taiwan”, encerra.

Via Apple Insider

Imagem: Stephen Lin/Unsplash