O Linkedin está sendo processado por empresas de publicidade, nos Estados Unidos, sob a acusação de inflar os views de anunciantes em sua plataforma. As partes alegam que a rede social aumentou as visualizações dos vídeos patrocinados para cobrar milhares de dólares dos seus clientes.
O processo é encabeçado pelos grupos TopDevz Inc E Noirefy Inc, duas plataformas de marketing digital que ausam o Linkedin de contabilizar como visualizações a simples exibição de um post em vídeo na timeline, sem necessariamente considerar se o usuário assistiu ou não ao conteúdo mostrado.
De acordo com as empresas, a falha na contabilização de views do Linkedin teria resultado em um aumento de 90% da cobrança dos anunciantes, podendo chegar a mais de 418.000 cobranças extras. As partes buscam o ressarcimento deste valor.
A ação gerou um impasse jurídico nesta terça-feira (3/8), em San José, na Califórnia, após a corte determinar que não houve fraude por parte do Linkedin. Apesar da conclusão, as partes acusatórias receberam um prazo para tentar provar que o Linkedin de fato inflou o número de visualizações para lucrar ainda mais com os anunciantes.
As partes devem se basear na teoria de que o tráfego de bots, cliques errados e cliques fraudulentos foram contabilizados pelo Linkedin.
Vazamentos e falhas de segurança
O Linkedin foi comprado pela Microsoft em 2016 por aproximadamente US$ 26 bilhões (R$ 139) bilhões. Apesar do investimento, a principal rede social corporativa do mundo sofre com escândalos de vazamentos de informações e falhas nos seus protocolos de anúncios.
Além de inflar os views dos anunciantes, em junho de 2021, um relatório da RestorePrivacy revelou um vazamento dos dados de aproximadamente 92% dos seus usuários, somando aproximadamente 700 milhões de contas afetadas.
O vazamento não incluía senhas, mas dados pessoais dos usuários, incluindo nformações como endereços de e-mail, nomes completos, telefones, endereços físicos, registros de geolocalização, nome de usuário e URL de perfil, formação e experiências profissionais, contas e nomes de usuários de outras redes sociais, e até expectativa de salários.
Via Reuters
Imagem: Souvik Banerjee/Unsplash