O Facebook vai restringir a segmentação de anúncios para usuários menores de idade. De acordo com a empresa, a medida vale tanto para a rede social quanto para o Instagram. Com a mudança, os anunciantes do FB só poderão segmentar públicos por faixas etárias acima dos 18 anos, além de sexo ou localização.
A justificativa da rede social é que os novos termos de uso visam a proteção dos seus usuários menores, uma vez que estes não possuem o mesmo discernimento dos adultos para tomar decisões, tampouco podem definir se querem ou não ser rastreados por aplicativos de terceiros.
A decisão a qual a empresa se refere é a ofertada pelo iOS a partir das novas políticas de privacidade do iPhone, na qual os proprietários do iPhone decidem os níveis de permissão de cada aplicativo instalado. No caso de usuários menores de idade, estas permissões estão atreladas a permissão do responsável.
Vale citar que, no último ano, ficou constatado que o controle de anúncios da rede social possuía falhas que permitiam a criação de anúncios de remédios para menores de idade. Estes produtos seriam utilizados em conjunto com bebidas alcoólicas em festas.
Menores de idade terão contas privadas como padrão no Facebook
Ainda de acordo com o Facebook, além de restringir anúncios, os usuários menores de 16 anos passarão a ter como padrão uma conta privada, em que apenas amigos podem visualizar os conteúdos publicados. Apesar disso, eles ainda terão a opção de mudar a visibilidade nas configurações do usuário.
O Facebook também anunciou que trabalha em uma nova versão do app do Instagram com experiência focada nos adolescentes. A proposta é uma resposta ao crescimento do TikTok entre as gerações mais novas que já não se interessam tanto pelas plataformas do conglomerado de Mark Zuckerberg.
Além disso, a atenção do Facebook aos usuários menores de idade é motivo de críticas e preocupação entre os americanos. No início do ano, cerca de 40 procuradores-gerais dos Estados Unidos se manifestaram contra a criação de uma versão infantil do Instagram.
Via Reuters
Imagem: chameleons eye/iStock