O navegador com foco em privacidade Brave ganhou novos recursos em sua última atualização, como um mecanismo de busca exclusivo que não rastreia, tampouco utiliza os dados dos usuários para a seleção dos anúncios exibidos em portais.
O recurso chegou para todas as versões do browser, incluindo o Brave para Android e iOS. De acordo com os desenvolvedores, eventualmente, o mecanismo de busca ganhará uma versão sem anúncios (mediante pagamento).
Além disso, os desenvolvedores explicaram que os resultados de busca não são totalmente independentes. Embora os índices de portais exibidos nas pesquisas do Brave sejam livres de algoritmos, a pesquisa de imagens e alguns outros recursos podem utilizar de mecanismos de busca externos, como o Bing da Microsoft. Apesar disso, de acordo com a Brave, você não será rastreado pelo Bing por estas consultas.
Alternativa ao Google
O novo recurso do Brave resulta da aquisição código aberto Tailcat, que promete a criação de mecanismos de busca tão eficazes quanto o Google. Apesar da aposta, o fato é que a procura por esse tipo de recurso ainda é feita por uma minoria no mercado.
O Google domina as preferências dos usuários entre mecanismos de busca com mais de 90% de participação em todo o mundo, enquanto alternativas menos comerciais como o DuckDuckGo e o Brave disputam a fatia restante. Apesar disso, a Brave destaque que o seu navegador já conta com uma base instalada de mais de 32 milhões de usuários ao redor do mundo.
Por que usar outro mecanismo de buscas?
A grande motivação por trás de mecanismos de busca alternativos está no rastreamento e, principalmente, na composição de algoritmos de consumo, tendo em vista que as políticas de privacidade do Google favorecem o uso dos seus dados para a criação de publicidade, consequentemente compartilhando os dados dos usuários com empresas.
Além disso, a manipulação feita pelo controle de dados do Google também pode afetar os hábitos dos usuários, manipulando a percepção sobre algumas questões da própria sociedade, como foi recentemente exposto pelo corpo de ex-funcionários da divisão de pesquisas em Inteligência Artificial da empresa.
Via Engadget