O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, compartilhou, na sexta-feira (07/05), os planos da empresa para o futuro dos seus gadgets de realidade virtual (VR), os Oculus Quest Pro. A nova geração do headset pode investir na tecnologia de rastreamento ocular para expandir a experiência dos usuários para além dos jogos.
Em entrevista concedida ao portal CNET, Zuckerberg comentou que a tecnologia Air Link, que permite a conexão sem fio dos Oculus Rift e Oculus Quest 2 aos computadores, provou ser possível utilizar estes acessórios para soluções que vão além do entretenimento, mas que contribuam para melhorar a rotina dos usuários.
Novas tecnologias
Para o CEO do Facebook, o próximo passo será combinar a tecnologia de rastreamento ocular da rede social ao dispositivo. Zuckerberg se refere ao sistema de eye tracking desenvolvido em parceria com a empresa Tobii, um recurso que mapeia as íris e o movimento dos olhos dos usuários para destacar elementos na tela e proporcionar uma imersão maior aos usuários.
A tecnologia foi inicialmente criada para jogos com o objetivo de otimizar recurso de mira, ou o desfoque de objetos. No entanto, após estudos feitos em parceria com o Facebook e a Netflix, a empresa constatou que o recurso pode ser utilizado no auxílio de pessoas com deficiências motoras, por exemplo, permitindo o comando de menus apenas com o movimento da vista.
Integração com o Facebook Messenger
Ainda de acordo com Mark Zuckerberg, com a tecnologia de rastreamento ocular, o Oculus Quest Pro teria condições de expandir as experiência propostas pelo Facebook Messenger e outros recursos de bate-papo, proporcionando uma imersão dos usuários para simular uma conversa em que duas pessoas estão no mesmo ambiente.
Além disso, em um futuro não tão distante, a ideia é que o Oculus Quest Pro passe a ser utilizado como uma ferramenta dos criadores de conteúdo, exibindo conteúdo interativos, tendo em vista que, recentemente, o Facebook anunciou que pretende expandir as plataformas de entretenimento da rede social.
Rastreamento facial
Além do mapeamento ocular, os Oculus Quest Pro devem contar com o sistema de rastreamento facial similar ao encontrado no concorrente HTC Vive. Por meio dele, é possível identificar de maneira simples as expressões dos usuários e transportá-las para animações, por exemplo. Com esta tecnologia, o Facebook seria capaz de criar emojis exclusivos, desenvolver jogos e até integrar os usuários em produtos interativos. Além disso, ela também pode aprimorar reações e criar ambientes sociais completamente focados na realidade virtual. De acordo com Zuckerberg, a ferramenta poderia ser usada inclusive por funcionários do Facebook, que passariam a trabalhar de qualquer lugar do mundo em ambiente virtual.
Com isto, a nova geração de headsets VR não seria apenas sucessora do Quest 2, mas um dispositivo totalmente novo, com foco em versatilidade. Apesar das revelações, o executivo não divulgou uma data de lançamento para o produto. O Quest 2 chegou ao mercado em outubro de 2020 e, ao que tudo indica, dificilmente veremos o Oculus Quest Pro antes de 2022.
Vale lembrar que, além do headset, o Facebook também planeja lançar um segundo gadget VR, uma pulseira de realidade aumentada. A íntegra da entrevista de Zuckerberg está disponível (em inglês) no YouTube.
Via Engadget