A Huawei segue tentando sobreviver no mercado de smartphones e preparando novos lançamentos, mas as sanções impostas pelo governo norte-americano têm causado efeitos devastadores na empresa, que vê as entregas na China também despencarem. O mais novo relatório compartilhado pelo Digitimes fez um comparativo entre o último trimestre de 2020 e os primeiros três meses de 2021.
A constatação foi preocupante para os executivos da Huawei. A marca registrou queda de 53,6% em suas remessas de celulares entre janeiro e março deste ano. O desempenho tirou a marca do top 5 de maiores fabricantes de celulares do mundo, agora composto por Samsung, Apple, Xiaomi, Oppo e Vivo, e colocou novos desafios no caminho da Huawei para buscar a recuperação não apenas na China, mas também fora dela.
Mercado vê “queda combinada” na China
Os números divulgados nesta sexta-feira apontaram que não é apenas a Huawei quem está sofrendo com a queda de entregas na China, mas as empresas locais de uma forma geral. Em defesa desse argumento, as remessas combinadas do trimestre caíram 9,7%, e somaram 191 milhões de unidades, no comparativo com o período passado.
Na comparação ano a ano, no entanto, o número paradoxalmente cresceu, e muito: 73,8%. As principais responsáveis foram, coincidentemente, as três empresas melhor ranqueadas no top 5 de principais fabricantes de celulares do mundo em 2021: Xiaomi, Oppo e Vivo Global. Elas responderam, juntas, por 67,5% do total de entregas na China, contrastando nesse ponto com a Huawei.
De acordo com a Digitimes Research, a expectativa é que as entregas de smartphones, não apenas da Huawei, voltem a cair na China no 2º trimestre, e apresentem retração de até 7,2%. O problema da vez é a escassez de processadores, que já levou inclusive Oppo e Xiaomi estudarem a produção conjunta de chips para suprir a demanda que deverá continuar alta na sequência do ano.
Via Pocket Now
Imagem: LCVA/iStock