YouTube proíbe o direcionamento de termos racistas em anúncios - Vida Celular

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O YouTube anunciou que mudará a sua política de palavras-chave para evitar a criação de anúncios com discurso de ódio contra minorias e parcelas raciais. A decisão acontece após tornar-se público o fato de que frases racistas “white lives matter (vidas brancas importam)” e “white power (poder branco)” poderiam ser usadas para a segmentação de anunciantes.

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Tanto a plataforma de anúncios do YouTube, quanto a do Google, funcionam por meio de palavras-chave, em que os anunciantes podem segmentar o público alcançado pelo seu produto, por meio das hashtags cadastradas pelos criadores de conteúdo. A descoberta foi divulgada no portal The Markup, que identificou que centenas de milhares de anunciantes teriam sido impactados com estas opções na ferramenta.

Apesar destes termos estarem disponíveis, o Google afirma que nenhum anúncio foi veiculado com estas segmentações. A empresa ainda garante que após as denúncias do portal, houve uma varredura de termos considerados “perigosos” pela empresa, para evitar que qualquer tipo de discriminação possa acontecer, tampouco que canais que propagam discursos de ódio sejam favorecidos.

Segundo o Google, além dos termos supracitados, outras palavras-chave como Excelência Negra”, “Vidas Negras Importam” e “direitos civis” da barra de pesquisas do YouTube.

Em nota, o Google declarou: “reconhecemos que os termos identificados são ofensivos e prejudiciais. Eles não deveriam estar disponíveis na aba de pesquisas”. Apesar do pronunciamento, a empresa declarou que a maneira como os desenvolvedores escolhem os termos disponibilizados na plataforma permanecerá em sigilo.

Luta contra o preconceito e denúncias de racismo

O YouTube segue enrijecendo as normas contra o discurso de ódio em sua plataforma. Em 2019, a rede social baniu milhares de vídeos e canais que propagavam mensagens de ódio contra parcelas raciais, em sua maioria produtores de conteúdo supremacista branco.

Em 2021, o YouTube chegou a banir a conta do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por propagação de ódio nos episódios da invasão ao Capitólio. Apesar disso, o Google segue envolvido em uma série de polêmicas como a demissão de pesquisadoras de inteligência artificial, após uma delas divulgar uma pesquisa que afirmava que o algoritmo da barra de pesquisas da empresa favorecia o preconceito e marginalizava minorias étnicas.

Via The Verge

Foto: HelloImNik/Unsplash