Para quem não gosta do Tinder por ser uma rede visível demais, existe uma plataforma um mais discreta. Mais que isso: a Ashley Madison é voltada para quem quer pular a cerca sem correr o risco de ser descoberto (pelo menos não pelo app). A rede social de traição divulgou seu balanço de 2020, que mostra um salto de usuários em plena pandemia de Covid-19 e um dado bastante curioso sobre o Brasil: no ano passado, o site teve duas mulheres para cada homem registrado.
Em números, a média global da Ashley Madison foi de 0,7 mulheres para cada homem, no Brasil, isso salta 2,2 contas femininas para cada masculina. No geral, em 2020, a plataforma ganhou cerca de 5,5 milhões de novos membros no mundo inteiro e atingiu a marca de 70 milhões de usuários.
A empresa acredita que a pandemia contribuiu para a alta de usuários no serviço. Com o isolamento social, casais ficaram mais tempo juntos e a tendência nesse cenário é de mais crises na relação. Relacionamentos instáveis podem fazer com que homens e mulheres procurem a rede social de traição, segundo o balanço.
Números da traição
“Esses números não são apenas indicativos de quão onipresente é a traição, mas também do pouco efeito que a pandemia teve na capacidade de trair”, disse Paul Keable, diretor de estratégia da Ashley Madison.
Ainda sim, é curioso pensar que com diversas restrições de circulação, o número de interessados em trair aumentou. A plataforma acredita que nem sempre esses relacionamentos precisam ocorrer de forma presencial e que encontros virtuais estão se tornando cada vez mais comuns com o isolamento.
“Embora os bloqueios impedissem muitas pessoas casadas de verem seus affairs pessoalmente, eles não eram páreo para a comunicação virtual e a capacidade de terem casos ativos por mensagens de texto, chamadas telefônicas ou chats de vídeo”, completou Keable.
Segundo uma pesquisa do aplicativo, 95% dos membros ainda estão interessados em encontrar e manter relacionamentos externos durante a pandemia, e 84% identificam sua infidelidade como uma forma de cuidado pessoal. O Brasil teve em 2020 uma média de inscritos de 137 mil novos usuários por mês, a maioria de mulheres, na rede social de traição. Apenas os Estados Unidos tiveram mais, com 466 mil novas contas mensais.
Imagem: AntonioGuillem (iStock)