Relatório vincula maioria desinformação sobre vacinas a apenas 12 pessoas - Vida Celular

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Um relatório dá a entender que, se as redes sociais realmente quiserem combater a desinformação, o cerco envolve menos gente do que se imagina: a maior parte da desinformação sobre vacinas na internet vêm de doze pessoas. O levantamento, realizado pela ONG Center for Countering Digital Hate (CCDH) em conjunto com a Anti-Vax Watch, aponta que 65% das fake news do tema vêm de uma dúzia de influenciadores.

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O grupo, batizado de “desinformation dozen” (algo como “a dúzia da desinformação”) foi encontrada após uma análise de compartilhamentos e postagens de um conteúdo anti-vacinas entre 1 de fevereiro e 15 março deste ano. O material, compartilhado cerca de 812,000 vezes no Facebook e Twitter, provinha, na maioria das vezes, de um destes 12 influenciadores.

Outras análise indicava, que, dos mais de 689,000 materiais anti-vacinas publicados regularmente no Facebook nos últimos dois meses, 73% também vinha dos mesmos doze desinformantes. Destes influenciadores, nove deles possuem todas as contas ativas no Facebook, Instagram e Twitter, mesmo depois de violar seus termos de serviço. Os outros três estavam banidos em apenas uma das plataformas.

O relatório é mais um numa série de materiais produzidos em relação à desinformação sobre vacinas. Levantamentos anteriores concluíram que, no ano passado, as redes sociais falharam em lidar com 95% das fake news sobre Covid-19. Para se ter ideia, apenas neste ano que o Facebook, o Instagram e o Twitter passaram a banir ativamente informações falsas sobre o tema.

Atuação das redes sociais decepciona

O relatório aponta que a dúzia da desinformação continua publicando conteúdo anti-vacinas ativamente, com cerca de 59,2 milhões de seguidores somados em todas as plataformas. Para piorar, algoritmos como os do Instagram replicam ativamente conteúdos antivacinas.

O levantamento conclui que o banimento imediato destes influenciadores reduziria drasticamente a circulação de fake news nas plataformas, o que não é exatamente novidade. Entretanto, nenhuma das redes sociais tem o hábito ativo de procurar usuários para denunciá-los. Condutas como esta e outras, inclusive, levam as big techs à responder na justiça sobre as campanhas de desinformação.

Via Engadget

Imagem: Seda Shervet (Shutterstock)