Fabricante de câmeras do iPhone pode ter perdido contrato - Vida Celular

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A empresa chinesa OFilm, fornecedora de módulos de câmeras para celulares, anunciou aos seus investidores que perdeu ligações comerciais com um importante cliente além-mar. Apesar de não ter citado nomes em sua declaração, a empresa é reconhecida como uma das fabricantes de câmeras para o iPhone e outros produtos da Apple. E há outras boas razões para achar que é precisamente desse cliente que falam.

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A agência de notícias Reuters teve acesso ao texto e publicou um trecho que diz “o impacto [da perda] desse cliente em específico pode mudar as operações na companhia (…), e há muita incerteza agora”. De acordo com a OFilm, a empresa que encerrou os contratos representava 22,5% de sua receita, o que é uma grande perda.

O motivo do fim das relações

Apesar da falta de nomes e evidências mais concretas, algumas pistas podem indicar que o cliente que encerrou os contratos de compra de câmeras com a OFilm é a fabricante do iPhone. A primeira delas é de julho de 2020, quando Donald Trump criou uma lista com 11 entidades barradas de receber bens fabricados nos EUA. A alegação para essa lista era que essas empresas violavam direitos humanos e a OFilm estava entre as onze.

No começo de 2021, a Apple enfrentou novos problemas com acusações de violação de leis trabalhistas envolvendo seus fornecedores chineses. Na época, a saída que encontrou foi cobrar que as empresas apresentassem planos para evitar novas violações. Mas, a empresa de Cupertino cobrou que a demanda de produção não fosse reduzida com isso.

A fabricante do iPhone não passou totalmente ilesa pelos casos de exploração do trabalho e violação de direitos. Um grupo de ativistas chineses escreveu uma carta a Apple cobrando que a multinacional fizesse mais pelos direitos humanos e que parasse de suprimir críticas ao assunto no país.

Apesar de não haver indícios reais que liguem os ocorridos ao fim da cooperação entre a empresa dos EUA e a OFilme, o histórico não é algo a ser descartado. Questionada pela Reuters, a Apple não respondeu sobre o assunto.