Ainda inconformado com o banimento das lojas de aplicativos mainstream, o Parler, a rede social favorita de conservadores e trumpistas, abriu um novo processo contra a Amazon Web Services (AWS). No processo anterior, o Parler afirmava que a Amazon estava em conluio com Twitter e Facebook para remover um concorrente do mercado, uma violação de leis antitruste dos EUA. A justiça americana negou o pedido do Parler para ter sua conta na Amazon reativada.
No novo processo, o Parler afirma que a Amazon difamou e desvalorizou a plataforma ao removê-la da AWS por alegações de permitir incitação de violência depois da eleição presidencial americana. Segundo os documentos judiciais, o Parler era avaliado como uma plataforma valendo US$ 1 bilhão antes do banimento, e que a Amazon usou “práticas comerciais enganosas e injustas” para desvalorizar a rede social em busca de financiamento.
O Parler foi banido das lojas de app da Amazon e Apple depois da invasão do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro, que, em parte, foi organizado através da plataforma e acabou com 5 mortos. Muitos dos participantes postaram vídeos seus na invasão em várias redes sociais, que foram prontamente removidos. Mas no primeiro processo, a Amazon apresentou mais de 100 casos de conteúdo violento que denunciou ao Parler para moderação, antes mesmo do ataque do dia 6, e a plataforma falhou em remover o conteúdo.
Depois da expulsão da plataforma de hospedagem e das principais lojas de app, o Parler voltou ao ar duas semanas atrás, mas com postagens antigas apagadas e através de um serviço russo conhecido por envolvimento com sites neonazistas.
Atualmente o Parler está sob controle de sua maior investidora, Rebekah Mercer, cuja família é uma defensora famosa de causas conservadoras nos EUA e do ex-presidente Trump.
Via Ars Technica
Imagem: Tingey Injury Law Firm (Unsplash)