Amazon sofre processo do Estado de Nova York por descuido contra Covid-19 - Vida Celular

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A Amazon terá de responder a um processo aberto pelo Estado de Nova York por não estar tomando as devidas precauções com seus funcionários em meio à pandemia da Covid-19. A informação foi publicada inicialmente pelo The New York Times, e revelou que a responsável pela ação é a procuradora-geral de Nova York, Letitia James. As acusações contra a empresa vão desde falhas sanitárias à intimidação dos funcionários.

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“Os lucros extremos e a taxa de crescimento exponencial da Amazon custaram a vida, a saúde e a segurança de seus trabalhadores da linha de frente. O flagrante desrespeito da Amazon pelos requisitos de saúde e segurança tem ameaçado doenças graves e danos graves aos milhares de trabalhadores dessas instalações, e representa um perigo substancial e específico contínuo para a saúde pública”, argumentou a procuradora-geral do Estado, em parte de sua ação, composta por 31 páginas de argumentações e testemunhos.

Segundo Letitia James, o processo também cobra um posicionamento da Amazon sobre supostas retaliações contra funcionários que argumentavam sobre a falta de procedimentos de segurança e higiene ideiais para evitar o contágio por Covid-19. Um dos funcionários citados por ela no processo foi Christian Smalls, demitido do armazém localizado em Staten Island, Nova York, justamente após criticar as condições de trabalho. “Os funcionários da Amazon temem razoavelmente que, se fizerem reclamações legítimas de saúde e segurança sobre a resposta da Covid-19 da Amazon, a Amazon também retalie contra eles”.

Amazon se defende atacando

A Amazon não se mostrou muito abalada com as acusações do Estado de Nova York e garantiu estar fazendo até mais do que o exigido para cuidar da saúde de seus funcionários durante a pandemia de Covid-19. A empresa abriu um processo de 64 páginas contra Letitia James, argumentando que ela “foi além do que é exigido pela lei estadual”.

Segundo a Amazon, as acusações dos funcionários (que chegaram a aproximadamente 250, de acordo com Letitia) são improcedentes. “Não acreditamos que o processo do procurador-geral apresente uma imagem precisa da resposta líder da indústria da Amazon à pandemia de Covid”, afirmou um porta-voz, também ao The New York Times.

Ao justificar a demissão de Christian Smalls, a argumentação da Amazon foi a de que o funcionário havia sido liberado para cumprir quarentena justamente após ter tido contato com um outro empregado infectado por Covid, mas, ao invés de cumprir o isolamento, violou a política da empresa ao participar e liderar um processo fora das instalações de Staten Island.

Via The Verge

Imagem: Gerd Altmann/Pixabay/CC