Em junho do ano passado, aos 20 anos, Alexander Kearns cometeu suicídio. Segundo seus pais, o ato ocorreu após o jovem ser notificado pelo aplicativo Robinhood de que tinha uma dívida no valor de US$ 730 mil.
Dan e Dorothy Kearns afirmam, no processo, que o Robinhood mira jovens e os encoraja a participarem de negociações arriscadas sem dar um suporte significativo para esclarecer dúvidas ou ajuda-los a entender o que está acontecendo com suas transações. Segundo o casal, foi o que ocorreu com seu filho, que negociava com o aplicativo desde o ensino médio.
Sem resposta
No dia em que cometeu suicídio, Alexander Kearns constatou o débito de US$ 730 mil e enviou um e-mail ao Robinhood pedindo ajuda para entender suas perdas. Na mensagem, o jovem afirmava haver recebido dinheiro para cobrir suas perdas, e que não entendia o que estava ocorrendo.
A plataforma retornou ao usuário com uma mensagem automática e, somente no dia seguinte ao seu suicídio que o Robinhood mandou email dizendo que a conta do jovem não estava mais restrita e nem deficitária.
Os pais de Alexander acreditam que se ele tivesse tido acesso a um atendimento pessoal e mais ágil, que pudesse esclarecer suas dúvidas, ainda estaria vivo e, por isso, acreditam que o Robinhood deve ser responsabilizado pelo suicídio do moço.
O que diz o app
A empresa Robinhood se pronunciou, por meio de um porta-voz, dizendo estar arrasada com o suicídio de Alexander Kearns e afirmou que, a partir de dezembro, iniciou o suporte ao usuário por meio de mensagens de voz ao vivo, além de mudar o protocolo de urgência na análise e resposta aos usuários.
Imagem: Ialesh aldarwish / Pexels / CC